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quarta-feira, 30 de março de 2011

Dar a vida!


Em uma igreja mediana que se encontra em alguma cidade do Brasil ocorreu um episódio interessante. Certa noite de domingo enquanto acontecia o culto, um bando de homens e mulheres armados, invadiu a igreja em busca de farra e dinheiro. Como dizem por aí, os pastores estão ficando ricos com os dízimos dos seus fiéis.
Eles entraram pela porta da frente com grande ousadia, todos perceberam a presença desses arruaceiros e a igreja começou a ficar agitada. Alguns atentos a palavra que o pastor pregava naquele dia, outros dispersos, vagueando em seus pensamentos e muitos preocupados com o bando.
O pastor pregava sobre dar a vida pelo irmão, amar ao próximo como a si mesmo, como estava ficando cego, mesmo com os óculos fundo de garrafa, não conseguiu identificar as pessoas que estavam entrando na igreja, pensou que poderia ser as ovelhas atrasadas. Mas percebeu a inquietação dos fieis e pediu que todos prestassem atenção em suas palavras.
- Amados, prestem bastante atenção. E por curiosidade o líder do bando pediu que todos se sentassem e ouvissem atentamente as palavras do pastor em sinal de respeito. – No evangelho de João, capítulo 15, versículo 13 diz: Ninguém tem maior amor do que este: de dar a alguém a sua vida pelos seus amigos. Amados, temos que amar o nosso próximo como a nós mesmo, Jesus fala isso, é um mandamento de Deus para nós.
Enquanto o pastor falava fervorosamente sobre o amor que devemos dar as outras pessoas o líder do bando se levantou e todos seus comparsas com ele e gritou:
- Isso é um assalto, levantem-se todos, e fiquem em pé em frente à igreja.
Gritos, choro, pessoas pedindo pelo amor de Deus tomaram conta da igreja, o Pastor estava com medo.
O líder foi passando pelo meio da multidão, enquanto seus companheiros apontavam as armas para os fieis e foi direto ao pastor, conversou algo em particular com ele. O pastor estava com muito medo, chorava, e ouvia as palavras daquele homem com ar de superioridade. Então, o pastor desceu do púlpito, foi até a frente de todas as suas ovelhas, olhou bem para elas, abraçou sua esposa, beijou-a na testa e ficou em pé, esperando. O líder se voltou para todos que estavam presente na igreja, esbravejou pedindo silêncio, alguns atiraram para o alto e em segundos, todos estavam tremendo, apavorados olhando para ele.
- Fiz uma proposta ao pastor de vocês – enquanto falava ele ria – disse a ele: você pode salvar a sua vida, mas terei que matar todos os homens que estão presentes aqui, hoje - houve um murmurar, choro e tiros para o alto novamente, todos ficaram em silêncio, alguns estavam passando mal – ou morrer e salvar todos da sua igreja, alguém sabe me dizer o que ele escolheu?
Uma criança se precipitou a frente, o pai tentou agarrá-la, mas um bandido não deixou, ela foi até o líder e disse para ele, olhando nos olhos de baixo para cima:
- O pastor dá a vida por suas ovelhas, ele escolheu morrer por nós.
Aquele homem, por alguns segundo, teve compaixão, pediu que o menino voltasse para os braços do pai e falou para a multidão.
- Hoje, aconteceu um milagre aqui, todos vocês viverão e nós vamos embora com seu pastor, ameaçou pegando o pastor pelo braço. - Vocês são privilegiados em ter alguém como esse homem, que escolheu morrer no lugar de vocês.
Os arruaceiros foram embora e nada levaram. O pastor, por sua vez, ficou na comunidade por muitos anos, pois na ética do bandido ele tinha feito a escolha certa!

terça-feira, 29 de março de 2011

O Sonho!


Um grande Sonho foi plantando em um vale, lá ele cresceu sem cuidados, de forma rude, sempre esperando o Tempo para suprir as necessidades de água, luz, terra. Houve um tempo que o sonho quase morreu sufocado pela erva daninha, mas ele resistiu aos espinhos, às tempestades, às pedras, à seca e cresceu e cresceu. O sonho já estava enorme, com raízes profundas, isso foi necessário para sobreviver à seca, teve que buscar água nos lugares mais profundos; galhos fortes para resistir à tempestade; e tinha chegado a hora de florescer, dar frutos, bons frutos, pois por várias vezes o sonho floresceu e deu fruto, mas eram poucos e não eram bons.

Mas havia chegado o Tempo de frutificar, de longe se podia ver o Sonho, as flores eram encantadores, cheias de vida, exalava um perfume maravilhoso. Os passarinhos cantavam e faziam ninho no Sonho, era alegria.

Os frutos nasceram, cresceram e amadureceram. Quanta alegria para o Sonho! Pasmem, não tinha ninguém para se alimentar dos frutos, alguns bichos se saboreavam dele, mas nenhuma pessoa, ninguém. Nada. Mas o sonho não deixou de florescer e frutificar, todos os anos, todos os anos dava frutos e mais frutos.

Certo dia havia um pastor cuidando de suas ovelhas, e sem entender como ou porque se perdeu. Levava suas ovelhas para lugares onde havia água e boa grama, mas o caminho o estava conduzindo para lugares de difícil acesso, sem comida e sem água. O pastor olhou para o céu e perguntou: Senhor, o que estamos fazendo aqui, o que o Senhor quer nos ensinar nessa trajetória? Minhas ovelhas estão sedentas, com fome e não tenho nada para dar a elas? Mostra-me, Senhor, o que devo fazer?

Olhou para a mata cheia de espinhos, ervas daninhas, um terreno irregular e cheio de pedregulhos e um sol ardendo nos seus lombos, e... Não era possível. Ele viu um Sonho, suspirou fundo, sentiu um cheiro agradável que vinha daquele Sonho e levou as ovelhas até lá com um sorriso largo.

A sombra era maravilhosa, em grupos as ovelhas se organizaram, o pastor colheu muitos frutos daquele Sonho e entregou as ovelhas que se saboreavam com eles, se fortaleceram e estavam preparados para continuar a caminhada. O pastor pegou muitos outros frutos e os levou para se alimentarem no caminho para os alugares verdes e cheios de vida e também para cultivar muitos outros Sonhos para que pudessem alimentar muitas outras pessoas/ ovelhas.

O Sonho ficou tão feliz de não ter desistido durantes esses anos de frutificar que ao balançar os galhos louvava a Deus por ter cumprido o propósito desse sonho e por multiplicar em outros lugares.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Parte só


Parte só, sem destino.
Vive o medo de cada menino
Não sente as emoções como eu sinto
O que ele acha lindo?

A arma, escopeta, a venda;
Contos de fadas, nem lembra.
Seus heróis são os traficantes
Na escola da favela vai avante.

Parte só, sem destino.
-          Anda, anda menino.
-          Olha lá na frente
-          O sol está tão quente.

Quem vai contar sua história?
-          Olha para mim, olha!
Acaba de ver a verdade
Tudo o que faz é maldade.

Parte só, sem destino.
Chora o pequeno menino
O que pra ele era sonho
Para os outros era realidade.

Maldade, que maldade?
-          Qual a sua idade?
-          Não sou mais menino.
-          Choro, choro por meus pequeninos.

Parte só, sem destino.
O homem com um menino
Nasceu e morreu
Nem houve triste Adeus.

-          Menino, Menino...
Cadê o homem, menino?
Que homem, memória?
Ninguém vai contar sua história.

Vai acabar na cadeia
Canibais na aldeia
Matam, mas não comem.
Não foi tratado como homem.

Parte só, sem destino.
A vida daquele que não é mais menino
Que vai embora
Quando a bala estoura.

sábado, 26 de março de 2011

Poema

Olá pessoal, estou aqui novamente! Estou colocando um poema que escrevi a um tempo para a Priscila Garcia. Leia como se fosse pra você!
Beijos


Como uma flor muito delicada assim é comparada a sua beleza!
Uma rosa linda e vermelha que exala um delicioso perfume!
A cada dia se abre para receber mais e se doar mais;
Com cuidado, Deus a criou, em detalhes, Ele te formou;
Cuidou de cada dia da sua vida;
Os olhos sempre atentos ao seu caminhar;
Como mel são as palavras do Senhor nos seus lábios.

A alegria do Senhor é a sua força
Deus se alegra ao ver que nos momentos mais difíceis
Você o busca como socorro bem presente
O amor de Deus pela sua vida é imenso
E Ele vai cumprir TODAS as promessas que fez a você!

Pais Maus

Pessoal, eu gosto muito do texto abaixo já fiz algumas apresentações com ele! Espero que gostem também.

Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estamos contentes, vencemos! Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães; quando eles lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo.”
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes. E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
Eles insistiam em saber onde estávamos à toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Papai insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles “violavam as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Eles insistiam sempre conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde. O papai, aquele chato, levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar.
Por causa de nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos “PAIS MAUS”, como os nossos foram.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Mascote - O porquinho Solidário

2º Capítulo – O porquinho resolve ajudar um amiguinho
           
O porquinho estava passeando com sua mamãe no parque e viu algumas crianças brincando no parquinho da praça. Logo ele chegou perto e começou a brincar também. O porquinho era muito simpático e fazia amizade muito fácil.
Ele perguntou pra um amiguinho.
- Cadê a sua mamãe?
- Ela está trabalhando. Respondeu o outro porquinho.
- Vamos brincar?
- Vamos.
E eles brincaram bastante durante a tarde. Até que ouviram uma mulher dizendo assim: - Hora de voltar, vamos pegar nossas coisas que logo os pais de vocês chegarão.
O Porquinho se despediu do novo amigo e foi embora.
Quando o porquinho chegou perto da sua mãe, perguntou a ela.
- Mamãe, por que essas crianças estão com roupas rasgadas e com chinelos, se está tão frio?
- Eta porquinho! Você faz cada pergunta.
- Por que mamãe?
- Bom, eu vou lhe explicar: essas crianças passam necessidades, elas não têm dinheiro pra comprar roupas, para comprar sapatos; o dinheiro que os pais delas ganham, às vezes só dá para comprar comida.
E então elas se vestem assim, elas precisam de ajuda.
- E elas não ganham brinquedos?
- Às vezes ganham, sim, mas não têm o monte de brinquedo que você tem.
- Eu posso ajudá-las?
- Claro que pode! Você já está ajudando, sendo amiguinho delas.
- Não, mamãe, eu quero dar roupas pra elas, comprar um brinquedo.
- Sabe? Aquelas roupas que não servem mais pra você, poderia doá-las. O que você acha?
- Boa idéia mamãe.
- E aqueles brinquedos que você já não brinca mais. O que você acha?
- Hum... Os meus brinquedos???
- É claro, você tem tantos! Seria muito bom repartir o que você tem.
O porquinho chegou em casa e foi logo separando as roupas que queria doar. Depois chegou a vez dos brinquedos. Ele olhava pra um e pra outro e não sabia qual escolher para dar para o seu novo amiguinho.
Até que ele achou um quebrado com que, há muito tempo, ele não brincava e foi correndo mostrar para a mamãe.
- Olha, mamãe, eu achei um brinquedo que posso doar.
A mamãe olhou pra ele e falou:
- Vem cá porquinho. Você gostaria de ganhar esse brinquedo?
- Claro que não. Ele está quebrado.
- Então! Por que você vai dar ele para alguém? Você acha que ele vai ficar feliz de ganhar um brinquedo quebrado?
- Não.
- Pense no que Jesus faria, se estivesse no seu lugar?
- eu acho que ele daria o melhor brinquedo!
- É isso mesmo. Jesus fala: “É mais feliz quem dá do que quem recebe”.
O porquinho ficou pensando, quando sua mãe interrompeu seus pensamentos e disse:
- Agora, suba lá no seu quarto e procure um brinquedo muito legal, um brinquedo com que o seu amiguinho vai poder brincar bastante e não um brinquedo quebrado!
- Mas é tão difícil mamãe!
- Eu sei, meu querido, mas tenho certeza de que você vai encontrar um brinquedo bem legal pra dar para ele. E você vai ver que é muito gostoso dar um presente e ver a reação da pessoa que ganha, ela fica tão feliz.
- Ta bom, vou procurar um brinquedo que não está quebrado.
O porquinho subiu no quarto e ficou olhando pra vários brinquedos dele, até que ele pegou um e pensou:
“Eu gostei tanto de ganhar esse brinquedo, acho que o meu amiguinho vai gostar também, mas é tão difícil dar um brinquedo de que a gente gosta tanto”. E também lembrou das palavras da mamãe: ... “é mais feliz quem dá do que quem recebe”.
Chegou o dia em que eles iriam levar as roupas e o brinquedo que o porquinho tinha escolhido pra dar ao seu novo amiguinho. Ele estava feliz e ansioso, mas triste também.
A mamãe perguntou se estava tudo bem, ele disse que sim.
Chegaram a uma instituição e disseram à moça que os atendeu, que eles estavam ali para fazer uma doação para um porquinho.
Logo desceu o amigo do porquinho, então ele deu todas as roupas e o amiguinho dele ficou feliz. Havia até um tênis que parecia novinho, o amiguinho calçou o tênis na hora. Até que o porquinho resolveu pegar o brinquedo, olhou pra ele, olhou para o amiguinho e o deu com os olhos fechados.
O amiguinho pegou o brinquedo e quando viu o que era, ficou tão feliz que começou a abraçar o porquinho, rir e dizer:
- Muito obrigado, muito obrigado, sempre quis ganhar um desses, muito obrigado!!!
O porquinho começou a rir, olhou pra mamãe e deu uma piscadinha pra ela. Foi muito legal. Depois de tudo, o porquinho e a mamãe foram embora e a mamãe perguntou:
- E aí, gostou?
- Muito, mamãe; é muito bom mesmo dar algo para alguém, né. Você viu como ele ficou feliz?
- Eu vi. E vi também como você ficou feliz! Não é gostoso dar o melhor que nós temos?
- É muito bom!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mascote – O Porquinho Solidário

1º capítulo – o Porquinho aprende uma bela lição

Era uma vez um porquinho muito esperto e bonito, mas ele tinha um pequeno probleminha; ele chorava, todas as vezes que pedia pra mamãe comprar alguma coisa e ela não podia. Queria tudo na hora e não sabia esperar.
Em uma sexta-feira, ele foi com a mamãe ao mercado e, quando viu um delicioso e enorme chocolate, foi logo pedir pra mamãe comprar um para ele, mas ela disse que não; era muito caro. Então ele se jogou no chão e começou a gritar pedindo chocolate. Todo mundo no mercado olhava pra ele e falava.
- Que porquinho mal educado!
A sua mãe dizia que não iria comprar o chocolate, pois estava comprando comida para o almoço, mas o porquinho não queria saber disso, queria o chocolate. Sua mãe, muito triste, levou o porquinho chorão e birrento para o carro e teve uma conversa com ele.
Falou que o chocolate era muito caro, mas o porquinho não parava de chorar, falou que o Papai também precisava comer e, se comprasse o chocolate para ele, não teria dinheiro para comprar comidinha pro Papai. E o porquinho continuava.
- Mas eu quero o chocolate!
E então foi quando a mamãe teve uma idéia!
- Olha, eu tenho R$1,00, o chocolate custa R$10,00; você precisa de 10 notas dessa para comprar seu chocolate, Certo?
- Hum, hum!
- Então, não temos como comprar o Chocolate.
- Mas pede pra moça do mercado, ela dá!
- Não, ela não vai dar, sabe por quê?
- Não.
- Todas as coisas do mercado precisam ser compradas com dinheiro.
- Tudo precisa de dinheiro?
- Nem tudo, mas para fazermos compra, sim; o papai não vai trabalhar?
-Vai.
- Ele trabalha lá na fábrica de chocolate, não é?
- Sim mamãe.
- O papai gosta muito de trabalhar lá, mas além de gostar, o papai precisa receber um salário – o salário é uma quantia em dinheiro que o papai recebe todo o mês. Mas com esse dinheiro nós pagamos várias coisas, uma delas é a comida que nós compramos no mercado.
- Eu não queria que existisse dinheiro, eu quero o chocolate!
- É, mas ele existe e nada pode ser comprado sem o dinheiro. Por exemplo, o chocolate de que você tanto gosta, você sabe de onde ele vem?
- Não.
- Então, existe uma fruta chamada cacau, e o chocolate vem dessa fruta. Há uma pessoa que se chama produtor, que é o homem que planta cacau; ele precisa de dinheiro pra comprar as sementes, plantá-las e assim nascem várias árvores que vão produzir o cacau. Para isso, ele precisa também pagar pessoas que trabalham, ajudando-o nessa plantação. Quando a fruta está madura, ele e os seus ajudantes colhem, embalam e mandam para a fábrica de chocolate, onde o papai trabalha.  Assim esse produtor recebe dinheiro pelo cacau que produziu. Certo?
- Ele precisa do dinheiro pra comprar sementes e também precisa aprender a guardar um pouco pra comprar comida pra sua casa, roupas, material escolar para os seus filhos e até mesmo um chocolate.
- O homem da fábrica de chocolate precisa ter dinheiro para pagar o produtor que plantou o cacau e também pagar todas as pessoas que trabalham pra ele.
- Tem que pagar o papai, né.
- Isso mesmo, para o dono da fábrica ter dinheiro, ele precisa vender os chocolates. Ele vende os chocolates para os mercados e os mercados precisam pagá-lo. E no mercado nós precisamos pagar pelo chocolate, para que o dono do mercado pague o dono da fábrica e assim ele possa pagar o papai.
- E também pagar o produtor que planta a semente do cacau. Fala o Porquinho.
- Muito bem.
- Agora eu vou ensinar você a economizar.
- Economizar???
- Sim
- Cada nota tem um valor e nós precisamos aprender a economizar e não gastar com tudo o que a gente quer. Temos notas de 1, de 2, de 5, de 10, de 50 e de 100 reais. Há coisas que são caras. Se você não souber economizar, nunca consegue comprar. Por exemplo, quanto de dinheiro o papai lhe dá todo dia?
- R$10,00
- Então, é o preço do chocolate.
- Mas eu preciso comprar lanche na escola, mamãe; se eu gastar, não posso comer lanche, e daí vou ficar com fome.
- Certo, mas você não consegue economizar um pouquinho todos os dias?
- Hum... Se eu comprar o refrigerante mais barato, eu consigo.
-Então, é o que você vai fazer para comprar o chocolate: economizar. Quando você tiver o dinheiro, trago você ao mercado e você compra o chocolate que você quer.
- Mas eu quero o chocolate agora.
- Eu sei, mas você tem o dinheiro?
- Não.
- A mamãe também não tem. E se você gastar o dinheiro que você tem, não poderá comer lanche na escola.
O porquinho ficou pensando e resolveu fazer o que a mamãe tinha pedido. Economizou todos os dias e depois de 10 dias, pediu pra mamãe levá-lo ao mercado.
E quando chegou lá...
- Mamãe, eu não quero mais comprar o chocolate.
- Por que não? Você não tem o dinheiro?
- Eu tenho, mas esse chocolate é muito caro, eu demorei 10 dias para economizar esse dinheiro, agora vou gastar tudo de uma vez?
- É verdade. O que você quer fazer?
- Eu quero comprar um chocolate mais barato e também comprar um presente pra você que me ajudou a entender o valor do dinheiro.
A mamãe encheu os olhos de lágrimas e foi feliz com o seu filhinho comprar o chocolate e o seu presente.
E assim o porquinho aprendeu o valor do dinheiro. Nunca mais fez birra no mercado, ele sabia que havia coisas caras e outras que eram mais baratas, por isso ele precisava economizar.

terça-feira, 22 de março de 2011

Por que os livros fazem parte da sua vida?

Esses livros que são companheiros desde infância fazem parte da minha vida pela alegria que me proporciona, pelas emoções que me despertam, pela vida que faz florescer toda vez que leio um livro. Das histórias infantis aos romances de Machado, vou descobrindo um mundo novo, vou encontrando o meu legado e logo quero passar adiante, relatando emoções vividas e descobertas.
Eles são companheiros, amigos, conselheiros, comediantes e poetas. Encanta-me ter um ao lado, meu dia é diferente, mais leve e contente com um livro por perto, algumas páginas lidas, uma viagem maravilhosa!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vídeo

Pessoal, fiz meu primeiro vídeo, deem uma olhada, deixem a opinião de vocês, quais assuntos gostariam de ouvir na vídeo-aula. Fiz um teste para a primeira postagem. Confiram!

Quando não sei o que fazer!

Às vezes somos surpreendidos com fatos, ações, palavras, acontecimentos que nos destroem. Não sabemos o que fazer, como agir ou reagir e muitas vezes fazemos o errado. Seguimos o caminho torto, escolhemos a pior parte, porque não vamos em secreto conversar com Deus. Se você está passando por problemas, por dificuldades, por uma situação que você não sabe nem como começar a resolver ou até mesmo viver. Lembre-se: o Clamor do Cristão na mais escura noite da sua experiência é: "Senhor, não sei o que fazer, mas sei que posso contar com a tua ajuda." Ore e verás os milagres de Deus, o impossível acontecer. Uma semana abençoada a todos, logo teremos uma nova história no blog. :-)

domingo, 20 de março de 2011

História em capítulos - capítulo 13

Imagina um stress terrível, foi o que tomou conta de mim. Estava há duas noites sem dormir, super preocupada com o Tiago, amamentando sem parar, meus seios doíam, estava com mal estar e agora fiquei apavorada, pois descobri que o Tiago não estava sendo alimentado. Minha vontade era de chorar sem parar. Tentava me controlar, mas as lágrimas vinham sem permissão, corriam pelo meu rosto involuntariamente.

Eu liguei para o médico, não me atendeu. Liguei para o banco de leite da maternidade e uma moça muito atenciosa me atendeu e me falou várias coisas que eu deveria e o que não deveria fazer. E marcou um horário para eu ir até lá na segunda-feira às 14 horas. Então fui fazendo massagem nos seios e tentando tirar o leite com o sugador. O Gustavo foi comprar aptamil para dar ao Tiago. Quando comecei a dar o leite comprado no copinho para o Tiago ele tomou tudo e na mesma hora dormiu. Nossa que frustração eu senti, meu filho não estava sendo alimentado e eu mega nervosa porque ele não dormia, me senti  horrível.

Depois da massagem, e da ordenha. Foi mais fácil alimentar o Tiago e meus seios pararam de doer, a noite foi mais tranqüila. Na segunda-feira, fui até a maternidade e então descobri que o meu leite estava empedrado, a moça que me atendeu me ensinou a fazer uma massagem ninja nos seios e foi como acertar uma flecha no centro, no alvo. Tudo melhorou. Voltei pra casa até mais leve. Alguns litros de leite ficaram na maternidade de  Campinas.

Ao sair da maternidade fomos pela primeira vez ao pediatra. Dra. Fernanda Fernandes, o Tiago chorava sem parar, estava com fome. Ouvia a pediatra falando de um lado e o Tiago berrando do outro, que coisa mais tumultuada. Entre choros e orientações, algumas coisas que consigo lembrar.

Bom, gente, isso foi só o início da aventura, há muito mais. Quando eu estiver com mais tempo e empolgada escrevo como foi o primeiro mês do Tiago em casa, minha vida como mãe e a do Gustavo como Pai. As dores, as alegrias, os choros, os momentos únicos e cheios da graça de Deus!

sábado, 19 de março de 2011

Olá

Pessoal, amanhã tem o último capítulo da minha história, para aqueles que acompanharam ou leram só uma parte, espero que tenham gostado! Um abraço a todos, bom final de semana!

História em Capítulos - capítulo 12

A noite estava quebrada, com muito sono... porém o Tiago tinha se acostumado a mamar 15 minutos dormir uma hora e acordar novamente para amamentar, eu não conseguia dormir, não porque estava sem sono, mas porque precisa ficar com o Tiago o tempo todo. De madrugada, minha cara não era muito legal de se ver, pareceria um burro empacado, um toro bravo. Estava nervosa, pois estava morrendo de sono e não podia dormir. O Tiago chorava e chorava e eu amamentava, gente não agüentava mais.

A manhã de sábado chegou, a pediatra foi até o quarto e disse que o Tiago estava com alta, logo depois veio a obstetra e disse que eu estava liberada também. Ufa! Fui tomar banho, dessa vez sozinha. Lavei a cabeça, que delícia! Me arrumei e lá vamos nós para o desconhecido mundo em família. Para uma aventura que eu nem imagino quando vai terminar. Cuidar de um filho!

Tiramos fotos saindo da maternidade, chegando em casa, colocando Tiago no berço. Tudo era festa. Sábado a tarde vieram as avós e os familiares para ver o Tiago, depois foram embora. De sábado para domingo não consegui dormir... era muita novidade, e o medo de deixar o Tiago dormir sozinho no quarto dele? E a preocupação, e a dificuldade de deitar na cama devido ao incomodo dos pontos? Resultado, no domingo de manhã meus seios estavam inchados e muito quentes, eu estava muito cansada, ia amamentar o Tiago e parecia que ele nunca se saciava, estava sempre com fome, então me lembrei que tinha um sugador elétrico em casa, montei aquilo, coloquei no seio, eu me senti uma vaca leiteira sendo ordenhada e percebi que não estava saindo leite, fiquei apavorada. Pensei comigo: O TIAGO ESTA PASSANDO FOME.

sexta-feira, 18 de março de 2011

História de Páscoa

A Galinha da Páscoa

Era uma vez... Um jardim muito bonito e bem cuidado. Havia nele uma linda árvore verde e grande, ao seu redor flores felizes e passarinhos cantando. Mas também, escondida lá debaixo da terra, uma minhoca muito esperta.

Nesse jardim o sol vivia a brilhar e as nuvens a dançar ao som do vento. Porém, certo dia os animais ficaram muito agitados, isto porque estava chegando uma data muito importante: a Páscoa!

O Coelho saiu da sua toca feliz da vida porque a páscoa era o dia mais importante pra ele, afinal era o dia em que as crianças acreditavam no Coelho da páscoa, e ele se sentia muito feliz e orgulhoso.

De repente no meio do jardim, surge a galinha dizendo assim:

- Co, co, co, ai não encontro o meu milho.... onde será que eu deixei?

O Ratinho vê a galinha e vai conversar com ela:

- Oi dona Galinha, como vai a senhora? Tudo bem?
- Oi Ratinho, eu estou procurando o meu milho, você viu ele por aí?
- Hum.... não! Mas você está se lembrando que está chegando a Páscoa!
- Oh, co, co, co, a páscoa! Tinha esquecido, é o dia que comemoramos a linda ressurreição de Jesus. Não é mesmo!
- Como é que fala mesmo, ressu... ressu... o quê?
- Co, co, co, Jesus nasceu e viveu de novo ratinho.
- Mas, o que é isso?
- Co, co, co... ressurreição é ressurgir, voltar, aparecer.
- Mas, por que Jesus voltou, apareceu, ele foi embora? E por que na páscoa nós comemoramos a ressurreição de Jesus?

O coelho chega...

- Epa, epa, epa... a páscoa é minha, é do coelho da páscoa... que história é essa de Jesus... quem é esse tal Jesus aí? Ele não tem nada a ver com a páscoa! Páscoa é coelho e ovo de chocolate, todo mundo sabe disso... não é mesmo crianças?

- Co, co, co, não fique irritado coelho. Você não sabe quem é Jesus?

- Eu não!

- Muito bem, co, co, co, vamos nos sentar...

Nesse momento a árvore sentou, as flores se abaixaram, o sol parou atento, todo o jardim queria saber sobre a história incrível que a dona Galinha iria contar...

E a dona Galinha começou:
Há muito tempo atrás nasceu, em uma casinha de boi, chamado estábulo, um menino chamado Jesus. Ele é o filho de Deus!
Ele cresceu e aprendeu várias coisas com os seus pais. Quando Jesus cresceu, ele era um homem muito bondoso e era grande amigo das crianças e os pais levavam os filhos para que ele os abençoasse.
Jesus gostava de pegar as crianças no seu colo, contava-lhes histórias e atendia a todas as crianças com um sorriso amável.

- Eu também gosto de crianças dona Galinha.
- Eu sei Coelho, mas preste atenção na história.
Uma vez, uma mãe aflita procurou Jesus para que seu filho, ainda pequeno, fosse curado.    Jesus, orando, chamou o menino bem pertinho, tocou-o com as mãos e o curou. O menino ficou curado.
Jesus sempre ia ao jardim das oliveiras (parecido com o nosso jardim) para orar. Para conversar com o seu Pai – Deus.
- O que é orar, perguntou o Ratinho.
- É conversar com o Papai do Céu, é conversar com Deus.
Como eu estava falando o jardim era o seu cantinho predileto. A paz, a natureza, o oxigênio, das plantas, a quietude do lugar, ali Jesus ficava pertinho do Papai do céu. Pedia forças para poder fazer tudo o que o Deus havia pedido pra ele.
Pedia, também, proteção para as pessoas da Terra.
Mas as pessoas daquele tempo eram maldosas e muito imperfeitas. E tudo o que Jesus dizia ou fazia deixava essas pessoas bravas, principalmente aos sacerdotes e aos principais homens de Jerusalém, pois esses homens gostavam muito de dinheiro, de poder, mas Jesus ensinava que devemos pensar mais nas pessoas do que nas coisas, do que em dinheiro ele nos ensinava a amor ao próximo.
Esses homens  eram orgulhosos, injustos e ignorantes.
Mas o povo simples gostava de Jesus. Os simples de coração, as criancinhas, os doentes e sofredores amavam Jesus.
- Ele parece ser uma pessoal muito legal, Dona Galinha. Disse o coelho.
- Ele é mesmo, mas preste atenção na história.
- Tá bom!

Um dia, em um Domingo antes da Páscoa, Jesus entrou feliz em Jerusalém e o povo cobriu o caminho de tapetes e flores. Naquela época a Páscoa era comemorada para lembrar quando Deus libertou o seu povo da escravidão.

Jesus, montado em um jumento, atravessou as ruas de Jerusalém sob a alegria e satisfação do povo que o amava.
Mas aqueles homens malvados, não gostaram disso, então prenderam Jesus e o crucificaram, e ele morreu. Mas Jesus sabia que iria morrer e morreu por amor a todas as pessoas da terra., Morreu porque ele queria que todas as pessoas fossem SALVAS, salvas dos nossos erros. E todas as pessoas que gostavam de Jesus ficaram muito tristes e começaram a chorar. E daí, no domingo de páscoa, aconteceu algo maravilhoso, Jesus voltou. Ele ressuscitou! Jesus viveu de novo! Jesus venceu a morte!
Todos os amigos de Jesus ficaram muito felizes, Jesus falou para os seus amigos palavras lindas, Jesus pediu que eles amassem uns aos outros, cuidassem dos amiguinhos, das crianças, respeitassem o papai e a mamãe. E daí Jesus foi subindo até chegar ao céu....
E até hoje nós comemoramos a páscoa, celebramos o dia que Jesus, depois de morrer, ressuscitou e hoje ele vive nos nossos corações, ajudando todas as pessoas serem pessoas boas e amorosas assim como ele era.
- Que história linda! Disse o coelho.... eu quero conhecer mais sobre Jesus e eu quero que ele more no meu coração também.
- Co, co, co, que bom Coelho que você gostou da história....
- Mas, e eu.... eu não sou importante na páscoa?
- Claro que é Coelho, você é muito importante... do mesmo jeito que o Ratinho é importante, a árvore, as flores, o sol, os passarinhos, a minhoca e todas as crianças...
- Que bom! Eu ia ficar triste já....
- Não fique triste, você quer que Jesus more no seu coração?
- É claro que eu quero!
- E vocês crianças, vocês querem que Jesus more no coração de vocês?
- Eu também quero - disse o Ratinho.
- Então vamos fazer essa oração comigo, eu falo e vocês repetem.
- Querido Jesus... eu quero... que você... venha morar... no meu coração. Amém.

E assim foi mais um dia no bonito jardim... O coelho entendeu o que era a páscoa, e todos do jardim foram descansar, pois o dia estava se pondo e o sol queria dormir.

História em Capítulos - Capítulo 11

O Tiago estava bem pertinho de mim e tentava sugar o bico do seio com o objetivo de se alimentar. A enfermeira me ajudava, falava algumas dicas, e o Tiago ali bem pertinho. Eu mal conseguia me mexer, ainda sentia minha perna formigar. Mas foi espetacular. Inesquecível!

Depois disso o Tiago ficou ali do meu lado, pude namorá-lo, paquerá-lo, amá-lo. Meu filho!

Logo vieram as outras mamadas, eu estava suando muito, pingava e não podia me levantar, uma sonda estava pendurada, a cirurgia, as novidades, a fome. Desde as 6 horas da manhã estava sem comer. Minha mãe pode subir para me ver, a Laiz também. Minha mãe conseguiu pegar o Tiago, conversou um pouco comigo e foi embora. Algumas pessoas apareceram por lá e logo foram embora. Eu precisa descansar e muito.

Às 11 horas da noite eu fui comer um lanche, chá com torrada e bolacha e então fui tomar meu primeiro banho, a enfermeira tirou a sonda, ardeu  um pouco, mas não foi nada extraordinário. Para todas as coisas que estavam por vir, eu imaginava algo pior, e foi tudo muito tranqüilo. Quando me levantei para tomar banho senti o meu corpo todo tremer, uma sensação diferente, não pude lavar a cabeça. Mal conseguia lavar o meu corpo, a enfermeira me ajudou. depois me ajudou a secar e a colocar a roupa. É horrível não conseguir fazer coisas simples, como vestir uma lingerie, se secar, ou até lavar os seus pés. Mas... vamos que vamo. A gente chega lá.

Depois do banho coletivo, eu não conseguia dormir, uma euforia tomou conta de mim e do Gustavo também, queria conversar, saber de tudo, o que estava acontecendo, ficar ao lado do Tiago. Parecia que eu estava prestes a descer a primeira cachoeira,quando fiz Rapel pela primeira vez, a adrenalina estava no ápice. Às 3 horas da madruga, falei para o Gustavo que eu não conseguia dormir. Eu não tinha sono. Que delícia!

Consegui dormir 3 horas, das 4 às 7 da manhã. Pois a enfermeira levou o Tiago para o berçário. Quando acordei já precisava amamentá-lo. Na sexta, a euforia havia diminuído. O Tiago mamava e quando ele dormia, eu tentava descansar. Depois do almoço vieram algumas pessoas nos visitar, e eu ficava perdida, amamento enquanto estão aqui, ou espero? Sei que o Tiago mamava 15 minutos, parava, depois dormia um pouquinho, acordava chorando eu ia amamentar, chegava alguém, então parava... e assim foi a tarde.

quinta-feira, 17 de março de 2011

História em capítulos - capítulo 10

Gente cesárea não é a coisa mais legal do mundo. É muito estranho, você sente seus pés formigarem, você sabe que logo isso vai passar, mas a sensação não é legal. A única coisa é que você não precisa fazer esforço para que o seu filho nasça. Mas depois tem toda a recuperação. Que não é o fim do mundo. Mas... é uma recuperação de uma cirurgia.

Depois de tudo pronto na sala de cirurgia, as enfermeiras me pegam e levam para a sala de recuperação. Já saí da sala de cirurgia tentando mexer o meu pé. Chegando lá consegui mexer o pé direito e a perna, mas o pé esquerdo eu não conseguia. Há me esqueci de falar da horrível sensação de saber que tem alguém mexendo em sua perna, te limpando e você não sente nada. Caraca, é muito loco!

Na sala de recuperação, iniciei a empreitada de mexer o pé esquerdo, em alguns momentos eu ria sozinha, até porque não tinha ninguém para compartilhar aquilo. Eu me esforçando loucamente para mexer o dedão do pé esquerdo e nada. Eu fazia um esforço grande e nada. Então percebi que já estava mexendo o pé, mas não sentia a perna. Meia hora depois veio um enfermeiro falar que tinha visto o Tiago, que ele era grande e que era para eu me mexer rápido para ir vê-lo.

Consegui me mexer e logo veio outro enfermeiro para me levar ao quarto. Quando cheguei lá o Gustavo estava tomando banho, e me colocaram na cama. O Gustavo saiu do banho e logo aparece quem?

O Tiago veio me ver... estava com saudades da mamãe... que nada, ele estava berrando de fome e as enfermeira foram levar ele para eu poder amamentá-lo. Foi a primeira vez. Alguém consegue esquecer a primeira vez? Não.  Não esquecemos a primeira vez de nada, sempre nos lembraremos do primeiro beijo, da primeira amiga, do primeiro namorado, do primeiro emprego. Da primeira faculdade. Da primeira vez que conheci Jesus como amigo, como Senhor, como salvador. Não importa se sua primeira vez foi boa ou não, a gente não consegue esquecer.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dica de livro

Para aqueles que querem uma leitura descontraída, alegre, que não precisa pensar muito e rir um pouco... lá vai uma dica: leia o livro O Diário de Um Banana... ele é infanto juvenil, mas muuito bom!!! Vocês vão gostar tem o 1, 2 e 3.

História em capítulos - capítulo 9

Colocaram um pano azul para eu não enxergar nada do que se passava na cirurgia. Estava eu lá esperando o momento de cortarem a minha barriga, como minha mãe sempre falou que ela havia sentido cortar a barriga, eu também estava esperando esse momento. Nada. Não senti nada. Logo apareceu o Gustavo (depois ele disse que quando entrou eu já estava com a barriga aberta) ele ficou do meu lado. Minha visão era: uma pano azul, o Gustavo do meu lado esquerdo. Espera. Espera. Espera. Logo a médica falou para o anestesista ajudar, ele se coloca sobre a minha cabeça e começa a empurrar minha barriga para baixo. Agora minha visão melhorou muito, uma roupa azul e um braço sobre mim. Foi super legal! E eu ainda achando que estava tudo bem. Logo chamam o Gustavo para verem o Tiago nascer, ele vai até a frente e...

O Tiago não nasceu, pediram para ele voltar. O Gustavo começou a fazer massagem em mim, derrepente ele começou a me apertar, ele estava tão nervoso e queria me acalmar, mas eu estava calma, que sem perceber já estava me machucando com a massagem dele. Risos. Então percebi que alguma coisa estava errada. Até que chamaram o Gustavo novamente e eu senti que minha barriga murchou. Ouvi como um bebe vomitando algo e sabia que era o Tiago, comecei a chorar. O Gustavo voltou a ficar ao meu lado, então ouvi um choro e sabia que era o choro do Tiago. Que coisa maravilhosa, que lindo. Meu filho. O Sentimento mãe estava começando a ficar forte, muito forte e era expressado por meio de lágrimas e um sorriso largo.

Trouxeram o Tiago  para bem perto, eu vi a carinha dele, gorda, ainda suja, com um bico grande, eu beijei aquele rostinho pequeno, senti o seu cheiro, encostei o meu nariz na sua bochecha e fiz um carinho. Que sensação maravilhosa. Que bebe lindo. Então a enfermeira o levou falando que precisava ficar em um lugar quente. Nossa. Meu filho. O Tiago.

Agora eu tenho um filho, um ser pequeno, que necessita 24 horas do meu cuidado. Agora o Tiago estava perto, e precisa de mim.

Depois que o Tiago foi embora o Gustavo também precisou sair. Então começaram a me costurar, e eu esperando. Ficava olhando quanto estava a minha pressão. O meu nariz começou a coçar, os meus olhos também. Minhas mãos estavam amarradas, não tinha como coçar meu nariz. Só dava eu mexendo o nariz, como um coelho para amenizar a coceira. Término da costura, agora era a hora de tirar todos os aparelhos.

terça-feira, 15 de março de 2011

História em Capítulos - capítulo 8

Na quarta-feira fiquei o dia em casa, tentando descansar, a noite o Gu me convidou para irmos jantar juntos, só nós dois, antes passei na formatura dos alunos do 9º ano do Colégio Crescer, pois eu fui a professora homenageada da turma do 9º B. Gostaria muito de ter ficado na formatura, mas estava bem cansada e no outro dia eu iria para o hospital. Recebi uma orquídea linda! Saí da formatura e fui para uma pizzaria. Chegamos em casa para dormir. A ansiedade começou a tomar conta da gente. Começou a tomar conta de mim, pois iria conhecer o Tiago, o tão esperado Tiago.

Quinta-feira, 16 de dezembro 8 horas: acordar – café da manhã às 5:30 da madruga. 12 horas – almoço, não pude almoçar, tinha que ficar de jejum 8 horas antes da cirurgia. Depois banho e se arrumar para ir ao hospital Madre Theodora. Saímos de casa às 13 horas, chegamos no hospital e começamos a dar entrada na internação. Minha mãe e o meu padrasto foram seguindo a gente desde casa até o hospital. Depois chegaram meus sogros, e os meus cunhados. Mais tarde, mas eles eu não consegui ver, vieram o Tarcisio, meu irmão e sua namorada a Aline. A Laiz, minha irmã mais nova, também estava no hospital.

Demorou para eu ir até o quarto. O parto estava marcado para as 14 horas, já era 14 horas e eu estava esperando para subir até o quarto. Conseguimos chegar ao quarto já eram 15 horas. Lá, eu já tomei um líquido que eles dizem que é para não vomitar. Depois me troquei e fui de maca para a sala de cirurgia. O Gustavo foi logo depois.

15:30 – inicio nos preparativos para a cesárea. Primeiro a injeção peridural, que é aplicada na espinha: Relaxa os ombros, dizia a enfermeira, enquanto o anestesista realizava várias perguntas: tem alergia há algum medicamento? Não. Tem diabete? Não. Fuma? Não. Toma algum medicamento? Não. Bom para todas as perguntas a resposta foi: Não. Continuo relaxando e esperando a injeção. Pensei que seria uma loucura, que doeria muito, quando pensei que ele iria aplicar a anestesia, o médico disse, pode deitar. Pensei comigo mesma. Já. Mas não senti nada!

Para minha surpresa eles começam a amarrar meus braços. Pensei: pra que isso?  Era a Lara em uma cruz deitada, anestesiada da cintura pra baixo, com uma barriga enorme. Conseguiu imaginar? Eu também não.
Colocaram um aparelho para medir a pressão, um aparelho no dedo para ver os batimentos cardíacos, e soro na mão esquerda. Depois o anestesista coloca uma sonda no canal da urina, não senti nada, mas fiquei pensando, depois quando tirarem isso, eu vou sentir sim.

segunda-feira, 14 de março de 2011

História em Capítulos - Capítulo 7

Compra isso, compra aquilo, gasta aqui, acolá. Compra mais uma coisa, está faltando isso. Agora precisamos daquilo. E assim vai. E a barriga crescendo, mais e mais. A cada exame de ultrasson uma novidade, uma alegria. E em todos eles a médica falava: está tudo bem. Ta tudo normal!

E nós saíamos orgulhosos do nosso bebe que nem conhecíamos. Eu e o Gustavo temos uma vida agitada e gostamos muito disso, ministério de adolescentes aos sábados, ensaio de teatro às quintas, culto aos domingos. Trabalho, saídas a noite, leituras, etc. e o que começou a nos preocupar era: como será depois que o Tiago nascer? Outra preocupação era: será que os nossos pais vão corujar muito? Vamos conseguir ter um tempo para nós?
Conseguiremos descansar?

O decorrer da gravidez foi tranqüila. Quando eu estava na igreja gostava de pular, o que deixava minhas amigas que já são mães doidas, falando que eu precisava me acalmar. Que o Tiago iria nascer antes da hora. Só fui para de pular no último mês quando meus pés estavam bem inchados e eu já estava bem cansada pelo tamanho da barriga. Descobri no último mês que o Tiago era bem grandinho. Eu queria muito ter o Tiago como parto normal, mas... não foi possível. Tudo bem!

Esse foi um resumo dos 9 meses, e dos 3 meses anteriores a gravidez. Agora você vai conhecer o dia-a-dia logo após o nascimento. Não dá para fazer um resumo, pois as aventuras são tantas e tão doidas que não dá para perder nenhum detalhe.

Terça-feira, dia 14 de dezembro, fui junto com o Gustavo, Laiz e Monike assistir ao filme Crônicas de Nárnia – A viagem do Peregrino da Alvorada. Que filme lindo! Amo Crônicas de Nárnia. Foi um passeio gostoso e já sabia que iria demorar um pouco para poder ir ao cinema novamente. No shopping encontrei a Lucimara e a Isabella, elas estavam lindas.

domingo, 13 de março de 2011

História em capítulos - capítulo 6

Repouso é igual a esperar, esperar e se desesperar. Ficava em casa, deitada na maioria das vezes, os conselhos que eu recebia era: só levanta para ir ao banheiro, não vá nem beber água, peça para alguém. Quando eu ouvia isso, eu pirava. Passaram-se 15 dias, fiz um novo ultrasson, e, glória a Deus, estava tudo bem. Não havia mais sinal de descolamento de placenta.
Pude retomar com muito cuidado minha vida profissional, minha vida na igreja, minha vida em casa.

Mas, quando tudo parecia estabelecido e resolvido, o que me aparece, o enjôo. Gente a fome tomou conta do meu ser de uma forma devastadora, tudo o que via eu queria comer, mas depois, sem explicação, sem avisar, estava eu com a cabeça quase enfiada na privada vomitando TUDO. Que loucura! Terminava de colocar para fora tudo que havia me dado tanto prazer em comer, estava eu na cozinha procurando alguma coisa para colocar na boca, pois a fome não tinha ido embora, estava lá, doida, me perseguindo.

Os três primeiros meses foram assim, come, come, come, vomita e come. Eles foram embora, a vida começava a voltar ao normal. Ultrasson para saber se o bebe estava bem. Tudo bem! Pré natal! Mas com uma mudança significativa, minha barriga começou a crescer, crescer, crescer, entre esse crescer e crescer descobrimos o sexo do bebe. Já tínhamos decidido os nomes, se for menino, Tiago. Se for menina, Manuela. Resultado: MENINO. O Tiago estava a caminho. Lá vamos nós mandar torpedo para todos que conhecemos, avisar os pais, cachorro, papagaio, periquito e etc.

Agora vinha a próxima etapa, compras. Dinheiro foi algo importante nesse período. Pois sem ele, onde estaria o berço do Tiago? Onde estariam as muitas fraldas, onde estariam as roupas? Planejamento é bom. Mas não imaginamos que iríamos gastar tanto.

sábado, 12 de março de 2011

História em Capítulos - capítulo 5

Mas agora, era tudo diferente, havia um fantasma que nos perseguia: O Medo. Medo de perder novamente. Todo cuidado era pouco, logo todos ficaram sabendo que estava grávida novamente, resultado: duas semanas depois, antes de ir para uma pizzaria com o Chris e a Mari, fui ao banheiro e vi que estava com sangramento, muito mais forte que daquela vez que havia perdido o bebe. Comecei a chorar naquele momento e falei para o Gustavo, vamos para o pronto socorro. No carro fui chorando até chegar ao hospital. O Gustavo avisou a Mari e o Chris que não iríamos e o que havia acontecido. Cheguei no hospital Vera Cruz e fui atendida rapidamente, quando saí da triagem com a enfermeira os nossos amigos estavam no hospital, não agüentei e comecei a chorar novamente quando abracei a Mari. Fui para o consultório, o médico me examinou e lá vai eu fazer um ultrasson novamente. Meu coração estava acelerado, que vontade de chorar, de berrar, mas estava firme, segurando minhas emoções. Atenta a tudo o que o médico falava e tentando não me desesperar. Eu falava para mim mesma. Firme, Lara, calma, Deus está no controle. Calma.
Eu precisava controlar minhas emoções. Não foi fácil.
Quando o médico colocou o aparelho de ultrasson no útero e eu consegui ouvir o coração de um ser de 6 semanas batendo... Nossa... ele está bem, pensei. Ele está vivo. Eu não perdi. O médico foi conversando comigo, falando como estava e me consolando. Ufa!

Saímos do hospital e pudemos ligar para as pessoas falando que estava tudo bem e que eu precisaria fazer repouso.

Isso aconteceu em um sábado, na sexta-feira anterior eu tinha dado altas gargalhadas com um grupo de amigos que estavam em casa, eles até pensaram que me fizeram rir demais e por isso eu tive, o que chamam de descolamento de placenta. Bom, depois disso, quando esses amigos vinham em casa, eu não podia rir. Tinha que me controlar! Piadas atrás de piadas, a Adriana era quem mais me fazia rir com os comentários dela, e eu tentando rir de forma discreta. Impossível, quem me conhece, os alunos que o digam. Sabem que rio igual uma doida, minha risada não é discreta, longe disso, parece... parece.... sei lá o que parece, só sei que é bem escandalosa. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Série - APRENDENDO A ESTUDAR - DICA #5

 Se liga nessa dicas divertida de estudos!