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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Jacque, Projeto Guri - Histórias Importam!




Meu nome é Jacqueline, mas todos me chamam de Jacque. Nasci em São Paulo, atualmente trabalho como diretora em um polo do Projeto Guri e sempre amei a arte.
Música sempre fez parte da minha vida, meu pai me incentivava levando-me em orquestras, estimulando a leitura e ao aprendizado de diversas coisas.
Quando tive oportunidade de entrar em contato com o Projeto Guri fiquei maravilhada, pois nele encontrei tudo que acreditava e apoiava, encontrei uma família nova, aqui estamos todos juntos, sem diferenças sociais, étnicas ou religiosas.
A partir do Projeto trabalhei na Fundação Casa, o que abriu meus horizontes porque pude ver como a música transforma as crianças e faz a diferença na vida delas.
Então quando me tornei diretora de um polo do Projeto Guri senti que a minha missão de espalhar arte está sendo cumprida. E a cada vez que escuto eles tocando, sinto que apesar de serem eles se apresentando, é como se um pedacinho meu estivesse lá.
Quando seguimos a nossa direção o caminho se abre para a gente.”

Alunas: Fernanda, Flávia e Letícia

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Eunice (Baiana) - Histórias Importam


“Meu nome é Eunice, mas me chamam de Baiana desde pequena por causa do meu cabelo. Nasci em Marianópolis (SP), uma cidadezinha perto de Jalles, mas estou morando em Campinas. Considero meu pai e minha mãe muito importantes na minha vida, então quero falar um pouco deles antes de mim.
Meu pai era cangaceiro do pai da minha mãe, e assim eles se conheceram e se apaixonaram, casaram mesmo sem a permissão de meu avô. Depois de um tempo, fomos morar em uma casinha muito simples feita de barro, que era do novo patrão do meu pai. Minha mãe teve 15 filhos, mas 6 acabaram morrendo devido a doenças, porque tudo era muito simples na época, nem comida a gente tinha muito.
Quando ainda era nova, tive uma doença que os médicos não identificavam o que era. Passei uns 5 anos vomitando todos os dias, até que fui a outro hospital e lá descobriram que eu tinha um cisto no ovário. Passei por uma cirurgia que retirou meus ovários.
Após me formar na escola, eu queria ser professora, e com a ajuda da minha vizinha comecei o magistério, em que fiquei só por 2 anos, pois a faculdade era ruim. Então mudei para uma particular noturna onde me formei, e para pagar, trabalhava na roça com meu pai de dia.
Aí eu vim para Campinas procurar emprego nas escolas, como não achei, trabalhei como cuidadora de idosos. Nesse meio tempo, fiquei desempregada, morei com um padre e até dormi na rua por um dia. Minha mãe faleceu de câncer e, após a morte da minha irmã, que foi uma semana depois da do meu pai, eu adoeci, pois me abalei muito com as perdas. Porém, aqui em Campinas tive minha primeira filha de coração, que veio morar comigo ainda muito novinha, e agora, mesmo casada, está sempre comigo e me proporcionou uma das minhas maiores alegrias, que é meu netinho.
Ainda trabalho como cuidadora de idosos, apesar de ser um emprego muito instável, porque quando eles morrem fico desempregada, e passo dificuldades novamente. Apesar de tudo, sigo motivada pelos meus filhos e netos, que fui encontrando ao longo da minha jornada em Campinas.
Estou escrevendo um livro sobre a minha vida, quando estiver pronto aviso para vocês lerem.”

Alunas: Aline, Emanuely, Giovanna e Melissa

terça-feira, 25 de junho de 2019

Simone, 44 anos - Histórias Importam


"Meu nome é Simone, tenho 44 anos e um pequeno café aqui na Vila Industrial. Nasci no Paraná e com o passar da vida fui mudando para algumas cidades.
Com mais ou menos 13 anos, minha família se mudou para Sumaré, onde todos trabalhamos em uma granja. Nesse mesmo período, meu pai tirou meus irmãos e eu da escola e não nos deixou mais estudar. Acho que só de raiva me casei cedo, aos 17 anos, e me mudei para Monte Mor com meu marido.
Mas Campinas é a cidade que mais me traz lembranças. Foi nela que consegui o meu primeiro emprego com carteira assinada. Ainda lembro com muito carinho da Dona Jane, minha primeira patroa. Foi ela quem me ajudou a comprar minha casa própria.
Os anos se passaram, arrumei outros empregos, me separei, fiz supletivo e tive mais um filho. Comprei do meu irmão esse café. Fico muito agradecida que deu certo. Agora virei carinhosamente a “tia do café” e gosto disso. Mas não quero parar por aqui. Quero uma cafeteria completa, com expresso e tudo. Mas isso eu conquisto aos poucos."

Alunas:
Ana Beatriz L.
Juliana
Ana Beatriz S.
Luíza
Ana Beatriz S.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Ida, moradora do Lar dos Velhinhos - Histórias Importam


"Não passei dificuldades, mas também nunca foi fácil 
(...)
Na minha infância, eu morava no interior. Meu pai trabalhava na lavoura e eu o ajudava com minhas irmãs. Dentre elas eu era a caçula. Já minha mãe faleceu aos meus 6 anos, eu não me lembro de muita coisa sobre.
Até os 7 anos, eu não sabia ler e não tive mais oportunidades, porque a escola era muito longe. Quando completei 17, fui morar em São Paulo: lá, fiquei por 50 anos e fui babá de uma família. Na capital, conheci meu marido, que trabalhava como cobrador de ônibus; muitos queriam chegar perto de mim, mas eu não deixava... Gostei do que vi de costas no ponto final, onde era a minha casa. Sabe, tenho muito a agradecer aos meus patrões, porque eles me deram tudo, fizeram o meu casamento e até foram meus padrinhos.
A melhor lembrança da minha vida remete aos meus 21 anos, idade que tive meu filho, mas acabei perdendo-o para um bandido, que o matou.
(...)
Já tinha perdido meu filho e meu marido ficou com câncer e também se foi. Essas duas perdas me trouxeram muita tristeza e angústia e, por isso, pedi muito a Deus um lugar para ficar e Ele me deu esse lugar, um lar abençoado. Sou feliz aqui.
Hoje, a única coisa que permanece em mim é a saudade do meu filho. Faz tempo, mas a saudade continua e eu sei que irei morrer com ela. Meu maior sonho é tê-lo de volta, mas como é impossível... No resto, Deus nos ajuda."
Ida, moradora do Lar dos Velhinhos.

Alunas: Giovanna, Jennifer e Maria Alice.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Histórias Importam



Importam e são humanizadoras, como é bom ouvir uma história, contada, cantada, interpretada e algumas vezes chorada.
Transmite vida, renova, transforma, acalenta, incentiva, liberta. Muitas histórias contadas pelos alunos da 2ª série do Ensino Médio nos revela características citadas acima. As histórias estão sendo publicadas na pagina do facebook e instagram. Pedi autorização do Professor de redação Douglas Silva para publicá-las aqui na Torre. Cada dia uma história para tocar o coração.

https://www.facebook.com/Histórias-Importam

O projeto Histórias Importam nasce de uma parceria incrível entre os alunos do segundo ano do ensino médio do Colégio do Objetivo Vila Industrial; os professores, especialmente a Marialba Maretti; a direção e orientação pedagógica do colégio, Lara BeletteRegina Ito e Rafa Loures; a Ana Luiza B. Bittar, aluna de pós-graduação em Linguística Aplicada na Unicamp; o projeto Campinas Invisível, idealizado e mantido pelos queridos Filipe LunaMatheus Tomaz; e o Douglas Silva (Dodô), professor de redação.
Nesse projeto interdisciplinar orientado pelo professor Dodô, os alunos trabalharam conceitos como invisibilidade social, história cultural, singularidade literária em uma palestra e diversas aulas, além de conhecerem histórias de teóricos, cientistas e personalidades que foram importantes, mas acabaram sendo esquecidos com o tempo.
Os alunos tiveram uma oficina de fotografia e de escrita literária e, ao final, produziram uma foto e um texto narrativo para dar voz à história de alguém que julgam ter algo importante para contar, mas ninguém para ouvir, isto é, alguém que eles acreditam que seja negligenciado pela sociedade. Essa página nasce, então, para contarmos essas histórias.
Sejam bem-vindos e aguardem a primeira narrativa, que será postada no sábado, dia 15/06.
Até lá, ainda teremos outra postagem contando um pouquinho mais sobre o projeto.
Enquanto isso, sigam e divulguem a página!
@historias_importam

quinta-feira, 6 de junho de 2019

A menoridade

Ainda não conseguimos deixar a menoridade, não conseguimos deixar de pensar como dependentes. E, na real, não sei se conseguiremos enquanto humanidade pensarmos e agirmos como seres autônomos.

Será que realmente conseguiremos nos relacionar sem depender de algo para nos conduzir a agir corretamente?

Temos a capacidade de tomar decisões baseadas na nossa construção ética humanista?

O ser humano necessita de algo fora para conduzi-lo às atitudes éticas?

Vou iniciar as postagens sobre ética com questionamentos e posicionamentos de alguns filósofos.

Até mais!


Postagem em destaque

Série - APRENDENDO A ESTUDAR - DICA #5

 Se liga nessa dicas divertida de estudos!