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sexta-feira, 26 de julho de 2019

Júlio - Histórias Importam



"Júlio veio de família humilde da periferia de Campinas. Ao contrário de seus irmãos que já tinham um futuro em mente, Júlio apenas jogava bola no seu tempo livre. Atrelado a isso, havia má influência por parte de seus “amigos”, e a falta de oportunidades e projetos sociais que existem atualmente. 
Em sua adolescência foi para uma escola técnica, em que queria ter um destaque social diante do novo círculo de amizade. Dessa forma, ele iniciou o uso de álcool, como sendo sua primeira droga, com o intuito de ser notado. Posteriormente o caso foi se agravando indo para o cigarro, e depois a maconha, sendo o estopim, abrindo porta para ser diferente, tornando-se um vício. A partir disso, ele influenciou outras pessoas a usarem drogas também.
Diante de tudo isso, obteve diversas consequência, como mal desempenho escolar, pois não frequentava as aulas para fumar, perdeu a conexão com seu pai, que era o seu melhor amigo, além disso Júlio também perdeu a noção da gravidade das situações, portanto aos 19 anos, quando sua mãe foi diagnosticada com câncer, não lhe deu a atenção necessária e se arrepende disso até hoje. “A minha mãe, precisava de mim, mas eu não estava lá e isso me doí até hoje, porque o tempo não volta”
Após dez anos de vício, sua mãe descobriu um segundo câncer, quando Júlio teve um despertar espiritual. Com isso começou seu projeto de cura com a igreja e voluntariados para ajudar e nesse processo de 10 anos, começou a pregar na igreja.
Em 2014, um ano depois da morte da sua mãe, lançou um livro, algo que nunca havia pensado antes. Este foi um divisor de água, e teve uma grande repercussão que ele não imaginava. No ano seguinte, iniciou um trabalho social, dando palestras em escola, e começou a crescer chegando até em lugares no exterior."

Alunos: Enzo, Joyce, Matheus e Thais

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Jogando FIFA 19


Um dia eu estava jogando FIFA 19 e eu estava no modo carreira como treinador. Eu estava no time Benevento, o melhor time da 2ª liga da Itália, mas como treinador deste time consegui levar o Benevento ao título e ao acesso da 1ª liga da Itália e já joguei 10 partidas e 1 eu ganhei com o juiz roubando para o time adversário de 4x0 e o resto não vou contar.

Eu estou na posição 6 da Liga Italiana e estou me preparando para a Euro League.

O meu time, o Benevento, na vida real está na 2ª divisão italiana.

Texto by Tiago Medeiros Belette

Danielle - Histórias Importam


“Meu nome é Danielle, tenho 23 anos, sou daqui de Campinas mesmo. Trabalho no Subway há 7 anos, comecei aqui com os 16 anos e já fiz vários cursos, entre eles curso cabelereira e boleira. Gosto muito de trabalhar aqui, foi um trabalho que escolhi por opção, e não por necessidade, porque gosto muito de mexer com lanches e atendimento. Nunca sofri nenhum tipo de preconceito por trabalhar aqui. Eu entro 7:00 da manhã e saio as 15:00 da tarde. Mas mesmo estando aqui no Subway, eu faço bolos sob encomenda também. Tenho curso de inglês, espanhol e tenho o ensino médio completo.
Quando eu era pequena, ainda não tinha nada em mente sobre o que eu iria fazer. Eu só decidi depois que eu tive meu filho, que tem 2 anos e 5 meses. Decidi que eu queria virar confeiteira e hoje tenho um sonho de abrir minha própria loja, minha própria confeitaria.
Eu trabalhei 1 ano e 3 meses no Subway, mas depois eu saí. Aí comecei a trabalhar em outros lugares. Já trabalhei na Batata Recheada do Dom Pedro, por 8 meses. Também trabalhei no O Boticário, de caixa. Depois de 6 anos eu voltei a trabalhar no Subway, só que foi no da Amoreiras, aí depois eu vim para cá.
Eu estou trabalhando aqui, guardando dinheiro para abrir minha confeitaria, minha própria loja. É esse o meu sonho.
Gostei muito que vocês fizeram essa entrevista comigo, fico lisonjeada porque não são todos que trabalham com isso, o que faz com que quebre o “tabu”. É opção da pessoa, tem gente que faz faculdade e trabalha aqui. A líder aqui do Subway fez psicologia, tem outra moça que faz psicologia também, então aqui acaba se tornando um meio de você arranjar dinheiro para realizar seu sonho."

Alunos: Gabriel, Mateus, Thalita, Rafael e Vitor

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Joceline - Histórias Importam



“Meu nome é Joceline, mas todos me chamam de dona Jô. Tenho 58 anos, estou em Campinas desde os 18. Eu nasci em Pernambuco e morei em uma “cidadezinha” chamada Bom Conselho. Minha infância não foi fácil, estudei até os 7 anos, porque meus pais não tinham dinheiro, nem para comprar um lápis e também eu não tinha nenhum calçado para ir à escola e as outras crianças, por esse motivo, caçoavam de mim. Fui trabalhar na “roça” com o meu pai e meus irmãos, que também trabalhavam desde muito novos. Meus pais, não tinham nem estudo e nem dinheiro, trabalhavam muito, durante o ano todo, faltavam muitas coisas, mas nós não ligávamos, o importante nunca faltou: o amor e carinho deles.
Quando eu fiz 16 anos as coisas ficaram mais escassas, foi logo quando tivemos que mudar de Bom Conselho. Na época não entendia muito bem, mas me lembro das palavras do meu pai: “o serviço, por aqui, acabou ”, fomos morar em outro lugar e as coisas iam de mal a pior.
Com 18 anos, vendo aquela situação, resolvi vir para São Paulo de ônibus, tentar uma vida melhor, mas sofri muito tendo que deixar tudo que amava para trás... O ônibus em que vim era baixa qualidade, eu estava muito mal e com o coração partido por deixar minha terra. Chegando em São Paulo, na cidade de Rio Claro, encontrei duas de minhas irmãs que já residiam lá e buscavam uma melhora de vida. Quando cheguei, elas estavam tentando arrumar emprego para mim e me obrigando a achar um homem para me casar e ter uma vida melhor.... Pois bem, eu encontrei esse homem que fez a minha vida mudar, era um mineiro.
Com 20 anos me casei e já estava grávida da minha primeira filha, mas a vida ainda tinha coisas a me ensinar. Eu e meu marido nos mudamos para Campinas, pelo fato de ele ter conseguido um serviço muito bom, com trens. Cheguei na rodoviária era tudo novo, meu marido já conhecia a cidade, pois sua irmã já morava no município.
Aos 26 anos, casada e com duas filhas, vivi bons anos, aqui em São Paulo, tudo estava indo muito bem, mas meu pai veio a falecer e precisei viajar, com o meu marido, de volta para Bom Conselho, para velar meu pai.
Com 42 anos a minha vida deu mais uma reviravolta.... Eu estava viúva do homem que foi meu alicerce durante toda essa jornada, sofri por 9 anos e nesse período minha mãe veio a falecer também. Com minhas filhas crescidas e com seus rumos tomados eu voltei ao Nordeste e passei alguns meses por lá, mas voltei, pois Campinas já havia se tornado a minha casa. Em Campinas abri um negócio, dentro da minha própria casa, para ajudar as pessoas que estão se mudando de estado e precisam guardar suas bagagens, até efetivamente se estabelecerem em algum lugar. Hoje em dia eu tenho dois caminhões que auxiliam nas mudanças, pois me compadeço com o sofrimento dessas pessoas, já que passei pelo mesmo...''

Alunos: Bruna, Júlia e Vinicius

terça-feira, 23 de julho de 2019

Regina - Histórias Importam



"Regina teve uma infância difícil. Seus pais não tinham condições de bancar um bom estudo para ela e, assim, ela estudou em colégios públicos durante toda a sua vida. Seu sonho era cursar pedagogia, porém devido às condições de sua família, ao cursinho que lhe proporcionou uma educação não tão boa quanto o esperado e ao difícil ingresso na Unicamp, ela cursou biologia. Depois de algum tempo, entretanto, ela teve de trancar sua faculdade e se mudar para o Japão, a fim de ajudar seus pais com as despesas.
Seu plano inicial era permanecer apenas dois anos no Japão, na intenção de juntar dinheiro, porém estes dois anos acabaram se tornando oito. Ainda lá, Regina casou-se e teve sua única filha. Ao fazer uma visita ao Brasil, ela viu todas suas amigas formadas e lutando por seu lugar no mercado de trabalho e, então, decidiu que também queria aquilo para si. Ela voltou ao Brasil e ingressou na faculdade de pedagogia. Sua mãe se culpava muito por não ter conseguido dar a educação necessária a ela, então como presente, Regina queria que sua mãe a visse formada.
Após se formar, ela fora convidada a trabalhar na Faculdade de Paisagismo de São Paulo, onde ficara por um tempo até pedir demissão e voltar para Campinas. Depois de seu retorno, ela passou a trabalhar em uma faculdade privada como professora no curso de pedagogia e coordenadora do centro de atendimento ao estudante da faculdade. Após sair dessa faculdade, ela foi convidada a trabalhar no Objetivo, mas antes ela fez uma entrevista para ser diretora de uma creche e disse que essa foi uma das experiências mais loucas de sua vida. Ela também passou a dar aulas de português para japoneses a convite de seu amigo.
Ao ingressar no Objetivo, ela se viu com certa dificuldade por nunca ter trabalhado com adolescentes antes. Além disso, disse que é difícil trabalhar, estudar e cuidar da casa, mas que faz tudo isso por sua filha, para que ela possa ter um futuro e uma vida melhor."

Alunas: Júlia, Kaylaine e Lívia

Projeto de vida - parte 1


Formação Ética

Formação Ética é o título do livro de Yves De La Talle que fala sobre a cultura do tédio e indica um caminho para a formação ética ou como ele coloca ao respeito de si. O livro é dividido em duas partes o Plano Ético e o Plano Moral. Vou citar muitas frases do livro aqui colocando como um diagnóstico da nossa sociedade líquida (termo utilizado por Bauman). Depois vou fazer uma colocação dessa construção de significado para viver bem consigo mesmo e com a sociedade. Nem sempre nessa construção estaremos com a sensação de bem-estar, pois pensar, refletir, entender em alguns momentos nos leva a angústia, a tristeza e isso não pode ser descartado na nossa vida, se queremos uma vida com significa, com propósito precisamos de momentos de silêncio, de reflexão, de angústia para então vivemos uma vida feliz.


O Plano Ético

Segundo Yves De La Talle estamos em uma cultura do tédio e para explicar essa afirmação ele utiliza duas metáforas o Peregrino e o Turista que também foram utilizadas por Zygmunt Bauman. Para De La Talle o peregrino é alguém que tem uma vontade, o turista é alguém que tem uma esperança. Yves De La Talle quer nos alertar que o homem na pós modernidade está vivendo como um turista, anseia por ir a um lugar, explora o que pode desse lugar, quer ser servido o tempo todo e depois de usar vai embora como se aquele lugar nunca o pertenceu. Vive-se em um mundo fragmentado não se percebe o todo. Já o peregrino até o caminho que ele percorre para chegar ao lugar é importante, pois ele anda, observa, cuida. O Turista usa e joga fora, o Peregrino vive e cuida.
Ao olhar para esses dois personagens vale uma reflexão, como é sua relação com o mundo? Como é sua relação em casa? Como você tem se comportado como um turista ou como um peregrino.
Para De La Talle o turista é o exemplo do homem/mulher pós-moderno. E esta atitude de não pertencer, de não cuidar de usar todas as coisas, o meio ambiente e até as pessoas para a satisfação própria para depois jogar fora é que tem nos levado a um vazio existencial sem precedentes.

Cultura do Tédio
Nossa sociedade ocidental está envolta em um clima de mal-estar existencial. “A depressão leva ao suicídio. Ele é o último ato, cometido por poucos, mas que certamente passa pela cabeça de muitos, que acabam por se matar a pequenos goles ou tragos de diferentes drogas, ou se esquecendo da vida em maratonas de divertimento”.
Quando falamos em tédio, falamos em perda de sentido. Para que viver? A predominância do vazio talvez defina nossa época.
O Turista entra em um círculo vicioso que deseja bem-estar e não leva a reflexão e felicidade. O turista não quer parar para apreciar, não quer pensar nas questões a sua volta, não se aprofunda nas relações, pensando assim evitar a tristeza e o mal-estar, mas essa atitude o leva exatamente para o lugar que ele tanto deseja evitar – o tédio.
O que precisamos? De direção e significado.
Uma vida com sentido é uma vida significativa.



O que fazer da própria vida?

A construção de um projeto de vida necessita a intensão de realizar alguma coisa e é inevitável a sua relação com os valores. Para a construção de algo precisamos fazer escolhas e essas escolhas precisam da mediação afetiva. Mas para o homem realizar escolhas conscientes ele precisa ser autônomo, neste momento recorremos a Kant o homem precisa sair da menoridade para a maioridade. Para alcançar a maioridade ou a autonomia o homem/mulher precisa entrar em um longo percurso de desenvolvimento pessoal, pois a autonomia é característica de pessoas mais velhas, pessoas que conseguiram superar parte de suas dependências heterônomas.

Responda as seguintes perguntas:

Quem eu quero ser?
Que vida eu quero viver?



Na próxima postagem vou falar sobre o que é para mim, uma vida significativa.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Anne - Histórias Importam



"Me chamo Anne, tenho 34 anos e meu filho é autista.
Meu filho mais velho tinha acabado de completar 1 aninho quando descobri minha segunda gestação, que nos pegou de surpresa mas logo nos acostumamos com a ideia de que família aumentaria.
Os meses foram passando e o parto foi marcado. Com 41 semanas o bebê estava transverso na minha barriga, uma cesariana foi realizada. Então, no dia 30 de Julho de 2014, o Eliézer veio ao mundo, não como planejei, mas estava saudável e nos enchendo de amor.
Com alguns meses de vida, Eliézer tinha um comportamento diferente de outras crianças com a mesma idade, ele não correspondia com as brincadeiras. Com 2 anos o pediatra encaminhou-o para uma avaliação em uma instituição que atende crianças especiais, mas ele não foi diagnosticado com nada e foi liberado.
Eliézer foi amamentando até os 2 anos e 6 meses; com 3 anos foi para o maternal, desfraldado, e eu, como mãe, estava muito feliz pela conquista, pois as coisas sempre foram um tanto difíceis para ele. Logo no primeiro dia de aula, a professora notou seu comportamento diferente e nos questionou sobre isso, falei que suspeitávamos que ele tinha autismo, e já no dia seguinte a escola providenciou uma monitora para acompanha-lo.
Foi marcada uma reunião na escola, onde eu contei um pouco sobre mim e ele; encaminharam-nos novamente para a instituição que tínhamos ido, onde ele novamente passou por uma avaliação com psicopedagoga, fonoaudióloga, psiquiatra e neuropediatra. Os resultados saíram e foi comprovado que o autismo.
No começo, foi muito difícil, pois lá no fundo ainda restava esperança de ser apenas um atraso. Quando aceitamos o fato do Eliézer ser autista, ficou mais fácil, passamos a enxergar as coisas com mais clareza e amor.
Atualmente ele faz uso de remédios que ajuda ele na concentração e o acalmam. Também faz terapia ocupacional semanalmente e fonoaudióloga. Hoje, com 4 anos, ele começou a falar algumas coisas e a expressar um pouco mais suas vontades."

Alunos: Akysa, Leonardo e Maria

sábado, 20 de julho de 2019

Observatório Municipal de Campinas

Na quinta-feira, dia 18 de julho, eu fui no observatório com meus pais e minha irmã. Nós vimos Júpiter pelo Telescópio e Saturno e seus anéis, quando eu vi Saturno eu falei alto: Caraca, pois foi muito legal. Nós também vimos a lua de perto!
Lá eu encontrei um amigo da escola e o primo do meu pai.
É uma hora de viagem de casa até o observatório.
Inicialmente nós iriamos para o observatório na terça, mas não deu, mas nós não fomos nesse dia porque na quinta eu estreei o maior e mais novo telescópio do observatório.

By Tiago Medeiros Belette




Dados:

Inaugurado em 1977 como Estação Astronômica de Campinas, foi o primeiro observatório municipal do Brasil, além de ser pioneiro na oferta de ação educativa regular. Tem como missão congregar indivíduos interessados na prática da astronomia; divulgar a astronomia entre os estudantes e o público em geral; manter intercâmbio científico entre entidades congêneres; realizar pesquisas no campo da astronomia e ciências afins.
O observatório é regido pelo Decreto Municipal nº 14845, de 03 de agosto de 2004. Para consultá-lo, clique aqui.
Endereço
Estrada do Capricórnio – Serra das Cabras - Distrito de Joaquim Egídio ( ver mapa de localização)
Endereço para correspondência: Av. Anchieta, nº 200 – 15º andar – Centro – CEP 13015-904
Telefone
(19) 3298.6566
Horário de Funcionamento
Terça a Sexta: 15h às 21h
Domingo: 17h às 21h
Fechado aos sábados. 

O Jogo da Ponte Preta x Oeste



Eu fui assistir o jogo da Ponte Preta x Oeste na sexta-feira dia 12 de julho, eu estava com meu pai, minha mãe e minha irmã. E a Macaca fez 2 gols no início do primeiro tempo e a Ponte depois de fazer os dois gols seguidos tomou um gol do fim do 1º tempo, o adversário parecia que iria empatar, mas o Roger marcou mais um gol. 
No 2º tempo o Oeste marcou mais um gol. E terminou, num jogo muito sofrido, 3 macaca x 2 oeste.

By Tiago Medeiros Belette

José Francisco - Histórias Importam



"Meu nome é José Francisco da Silva Neto, tenho 69 anos e nasci em Vitória de Santo Antão, mas logo quando criança me mudei pra Andradina, no interior de São Paulo. Minha família sempre foi muito humilde, morávamos em uma casa feita de taipa.
Comecei a trabalhar muito cedo, com 12 anos arranjei meu primeiro emprego como ajudante de mecânico. Após isso tive diversas outras profissões, como granjeiro, garçom e gesseiro (minha atual profissão).
Casei-me com 24 anos e fui em busca de melhores oportunidades na cidade de Campinas. Trabalhava dia e noite sempre pensando em como alcançar os meus sonhos e mesmo com o dinheiro contado e passando alguns apertos, consegui guardar uma boa quantia para comprar a empresa de gesso na qual eu trabalhava como funcionário. Foi uma grande realização pessoal, pois nunca acreditei que aquilo tudo fosse possível.
Depois de alguns anos, consegui comprar um terreno e nele construí, com a ajuda de poucos amigos, minha casa própria. Foi nesta mesma casa que formei minha família e pude acompanhar o crescimento e desenvolvimento de meus filhos e netos.
Mesmo com diversos obstáculos e nem sempre muitas oportunidades ou condições financeiras favoráveis, não deixei de seguir meus sonhos e lutar pelo meu futuro. Atualmente, vivo com conforto e com a estabilidade que sempre sonhei."

Alunos: Bruna, Juliana, Kauê e Samuel

sábado, 13 de julho de 2019

Adoção - Histórias Importam


"Me casei aos 36. Eu e meu marido, Luis, sempre sonhamos em ter filhos, então, após o casamento, resolvemos não demorar para colocar o plano em prática. Mas a gravidez natural não veio. Primeiro tentamos fazer alguns tratamentos, sem sucesso. Foi aí que a adoção começou a tomar forma em nossa vida. Sabíamos que queríamos ter um filho e não necessariamente uma barriga, mas isso só ficou claro para nós dois depois de dois anos de tentativas, frustrações, tristezas, luto e amadurecimento para mudar o rumo da nossa história – o apoio e o amor do meu companheiro foram fundamentais para redesenharmos nossos sonhos em comum.
Em setembro de 2009, decidimos, então, procurar a Vara da Infância para entrar na fila da adoção. O primeiro passo foi deixar o nome para participar de um curso, que ocorreu em fevereiro de 2010. Saímos de lá com a seguinte impressão: se você não tem certeza em relação à sua decisão, desiste naquele momento. O curso é como um banho de água fria, pois os futuros pais têm que aceitar que a espera pode ser bem longa, podendo chegar a até dez anos e, ainda, que não podemos esperar por uma criança ideal, mas sim conhecer a criança real.
Os passos seguintes demoraram aproximadamente um ano para serem concretizados. É preciso reunir muitos documentos, como atestado de sanidade mental, se reunir com a psicóloga da Vara da Infância de sua comarca e receber a visita da assistente social. No entanto, o mais estranho é ter que escolher as características do filho desejado, entre elas cor, idade, sexo, doenças tratáveis ou não, e se ele pode ter sido vítima de abuso sexual, entre outras coisas que geralmente os pais biológicos não pensam no momento que programam ter um filho. Não colocamos muitas restrições e deixamos claro que queríamos uma criança de até 5 anos, independente do sexo e da cor. Quanto mais restrito o perfil, mais demorada é a espera. A única coisa que gravei dessa conversa desconfortável das escolhas foi a última frase da psicóloga: “O filho de vocês chegará na hora certa e vocês não terão dúvidas de que é ele”.
Em 2013, passado pouco mais de três anos de estarmos habilitados para adotar, começamos a achar que talvez não tivéssemos que ser pais, pois ninguém havia feito contato conosco. Nesse período, viajamos para a Europa e fizemos uma visita a um casal de amigos portugueses. Eles haviam adotado um menino de 14 anos e que estava com 15. Ficamos encantados com o garoto, com sua história, a integração na família, a inteligência e a vontade de viver e ser feliz. Voltamos empolgados com a ideia da adoção tardia.
Pouco tempo depois, participamos de um curso sobre adoção tardia. O objetivo era preparar e despertar os casais para as crianças que crescem nos abrigos e que, muitas vezes, não têm chances de ser adotadas porque já passaram da “idade”.
Para nosso espanto, não havíamos sido selecionados para participar desse curso. Ficamos sabendo por uma amiga. Ao ligar para a Vara e questionar o motivo de não termos sido selecionados, disseram que o curso era para quem tinha o perfil para a adoção de crianças mais velhas. Na mesma hora disse para a atendente: “Então mude nosso perfil para 6 anos”. Essa mudança foi fundamental.
Três meses depois, fomos chamados para conhecer um menino de 5 anos e 3 meses.No final de 2014, recebemos o tão esperado telefonema. Eu estava trabalhando e foi meu marido quem atendeu a ligação. Era a assistente social avisando que havia
um menino pronto para ser adotado. Ele era muito carinhoso e o xodozinho do abrigo. Meu marido ficou tão nervoso que não perguntou nada… Eu queria saber a história do menino, quando iríamos conhecê-lo, e meu marido não tinha as
repostas. Ele estava apenas muito emocionado. Depois disso, tivemos um final de semana repleto de ansiedade. Na segunda-feira, logo cedo, ligamos e marcamos para conhecer nosso filho. O encontro ficou agendado para o dia seguinte, na escola. Quando entramos, parecia que meu coração ia sair pela boca. Lembro que a assistente social nos levou para uma sala e começou a nos contar sobre ele. De repente, fomos interrompidos por um choro de criança e ela nos disse: “É ele, esse é o chorinho dele”. Acho que esse momento foi como um parto para mim, quando o filho nasce e chora para dizer que está tudo bem. Nosso tão sonhado menino concretizou seu nascimento em nossa vida naquele instante. Em seguida, fomos apresentados a ele, que quis nos mostrar que já sabia escrever o próprio nome e fez questão de aprender os nossos. Também insistiu para a gente almoçar por lá já que a sobremesa seria gelatina. Saímos apaixonados. Pronto, era ele. Não tivemos dúvidas. Agendamos as próximas visitas e, depois de um mês, nosso menino, que tem nome de santo, Marcos, – mas que é muito sapequinha – veio morar em nossa casa. Ele chegou próximo do Natal, um presente para deixar nossa vida mais alegre
e colorida.
O período de adaptação é um processo intenso, cheio de aprendizados, alegrias, medos, tristezas e desapego para a criança e uma etapa desconhecida para os pais. Mas com o tempo tudo se acalma. Não vimos o Marcos nascer, mas vimos a emoção dele em conhecer a praia. Foi um momento mágico ver o brilho e a alegria em seu olhar. Foi conosco que ele aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas, e na natação já é um peixinho. É incrível ver como ele tenta imitar o Luis em tudo, com gestos, jeito de falar, forma de se vestir. Ele também cativou, além da família, os vizinhos, pois sempre que encontra alguém na rua diz: “Bom dia com amor e alegria”. Muita gente me pergunta se demorou para o Marcos me chamar de mãe. Foram necessários uns dois meses para que “mãe” saísse com naturalidade. A palavra “pai” foi fácil, provavelmente porque ele nunca teve uma referência de figura masculina.
Eu e o Luis estamos só começando nossa jornada como pais, mas posso dizer que é um crescimento intenso, lindo, e que cada momento vale a pena. É uma evolução mútua. Eu acredito que a adoção tardia é reconhecer seu filho um pouco mais tarde, pois não me lembro mais de como era a vida sem ele. Parece que no fundo ele sempre fez parte da nossa existência. E a cada dia acredito mais que somos todos adotados, por nossos pais, nossos amigos, nossos amores."

Alunos: Leonardo, Sérgio, Thaissa e Yago

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Passeio à Ilha Itacuruçá RJ


Um belo dia eu, meus pais, irmão, tios e prima fomos visitar uma ilha, a ilha Itacuruçá, que fica no Rio de Janeiro. Lá o mar é calmo e tem um rio bem legal que vem das montanhas. Tem muitas conchas e pedrinhas.

Nós brincamos muito!

Eu adorei o lugar é muito legal!

By Tiago Medeiros Belette







Dados sobre a Ilha:

Ilha de Itacuruçá é uma ilha situada entre os municípios de Mangaratiba e Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Possui cerca de 994 hectares e vinte e seis quilômetros de perímetro.
Lugar tranquilo e acolhedor, Itacuruça é bem conhecido por ser a entrada para a famosa Costa Verde, região no sul do estado do Rio de Janeiro que vai até Ubatuba no estado de São Paulo conhecida pela enorme área de Mata Atlântica nesse trecho do litoral brasileiro. O município costuma receber muitos turistas durante o ano, principalmente durante o verão. Muitos cariocas aproveitam o fato da cidade ser tão perto e encontram em Itacuruça a oportunidade de relaxar distante das praias mais movimentadas da capital.
Com diversos pontos turísticos, a cidade de Itacuruçá possui muitas praias, ilhas e alguns lugares históricos para conhecer. Dentre suas praias podemos destacar a Praia Grande, uma das mais movimentadas da região, que abriga quiosques rústicos, onde é servido pratos da deliciosa culinária local e algumas pousadas.
As ilhas mais conhecidas são a Ilha de Itacuruça, Ilha do Jardim e Jaguarium. Outras atrações imperdíveis da região, são as cachoeiras localizadas ao lado serrano da cidade, as belas igrejas da cidade e uma antiga estação ferroviária que hoje abriga um centro cultural.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Léo - Histórias Importam


Meu nome é Léo, tenho 40 anos, sou de Malacacheta- MG.
Cinco minutos não dá nem pra contar um capítulo da minha história.
Meu pai deixou a gente sozinho, uma esposa com doze filhos, saí de casa com apenas nove anos de idade, tive que me virar...
Minha história começou quando eu descobri que gostava de cantar, daí entrei em um circo em Minas Gerais e fui parar em Rondônia. Depois fui para São Paulo com 14 anos, entrei no rodeio e lá tinha show de calouros, fui chamado pra lá e cantei até 19 anos.
Ai recebi uma profecia que ia começar cantar pra Deus. Nunca fui pra escola, aprendi a escrever música sem saber ler e escrever, Deus que me ajudou...
Comecei a louvar a Deus e entrei pra igreja e amiguei com uma mulher de lá, pastor me colocou de banco. Só que não quis parar de cantar e continuei compondo e gravando louvor. Depois ela engravidou e me largou, tenho dois filhos.
Sofri bastante, quando finalmente consegui gravar um CD, gastei muito e não vendi nada.
Hoje em dia minha filha já acabou a escola e quer começar a faculdade. Sou meio bala caipira, mas ela fala que é youtuber, alguma coisa assim, a galerinha acompanha ela... Agora eu canto pra ajudar minha filha a entrar na faculdade.
Já morei aqui uma vez, e voltei há uma semana. Campinas é um lugar bom, eu gosto daqui. Me arrumaram uma casinha sem acabar lá no satélite Iris e venho todo dia até a catedral a pé.
Não tenho a guarda dos meus filhos, mas dou de tudo que eles precisam.
Agora eu estou aqui, vivendo...vamos ver o que a vida tem pra mim ainda...”

Alunas: Ana Flávia, Ana Raquel, Giovana, Lívia e Paola.

sábado, 6 de julho de 2019

Benedita - Histórias Importam


“Meu nome é Benedita e fiz 51 anos agora em 2019. Sou atual ministra da minha igreja e mãe solteira, já trabalhei em vários lugares, mas mantenho meu emprego fixo como empregada doméstica há mais de 25 anos. Como já faz muito tempo desde que estou nesta profissão, já trabalhei para muitas famílias e, atualmente, presto serviços em cerca de três casas, cujos donos são todos parentes. Vi os filhos do casal para qual trabalho diariamente crescerem, e por causa de tudo que já presenciei e vi a família passar, possuo muita proximidade e carinho por eles.
Além disso, esporadicamente, conforme for necessário, presto serviços também para uma senhora. Ajudo com a limpeza da casa e, caso ela precise de algo mais urgente devido à saúde, estou sempre à disposição. Sabe, quando seu marido começou a apresentar traços de Alzheimer, logo depois de se aposentar, foi duro ver e sentir a mudança de ares na casa. A família tentou cuidar dele durante muito tempo conforme a doença progredia, mas infelizmente ele teve que ser deixado aos cuidados de uma casa de repouso. Como estou presente diariamente no cotidiano deles, eu percebo como é difícil toda a situação, e os admiro muito pela força e cuidados que tem com aquele senhor.
Mas falando sobre família: minha filha! Se tivesse que pensar em duas palavras para descrever o que sinto em relação à Dayellen é: felicidade e orgulho! Devido a algumas parcerias com marcas famosas de produtos de cabelo, como a SalonLine e atualmente a Seda, se não me engano, minha filha, “youtuber”, já teve a oportunidade de viajar para fora, para os EUA, e já duas vezes aconteceu de eu acabar aproveitando as viagens também, mas nunca internacionalmente. De vez em quando ela me chama para gravar vídeos com ela, e como ela é descontraída desde sempre, pois como dançarina já participou de programas de tv, acaba esquecendo que sou meio tímida para falar na frente das câmeras! Ainda assim, tenho muito orgulho da minha filha, e como mãe não poderia estar mais feliz com o sucesso dela!”

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Ivone - Histórias Importam


Meu nome é Ivone, tenho 58 anos e vim de Salvador/BA.
Quando eu tinha três meses de nascida, minha mãe disse que eu travei a gengiva e comecei a me bater na cama, aí fui no farmacêutico, que naquela época era quem cuidava da gente. Ele me disse que eu estava com epilepsia. 
Disse também para minha mãe me dar um cházinho de noz moscada com mel de abelha. Tomei isso até os 17 anos.
Foi passando o tempo e ninguém sentava perto de mim, porque achavam que a epilepsia era contagiosa.
Eu continuei tendo as crises, 3 ou 4 vezes no dia... Já aconteceu no ônibus e até na frente do fogão, quando queimei os dedos. Na máquina também, quando estava lavando a roupa. Eu peguei o lençol com sabão e botei na boca.
Mas não era só as pessoas não. O médico mal olhava na minha cara... Comecei a chorar porque uma vez ele disse que eu era maluca.
Nessa mesma época, tive o meu primeiro filho com 17 anos.
Comecei a tomar remédio para não engravidar de novo, porque se eu engravidasse ia ser eu ou a vida da criança.
Mesmo assim, eu engravidei pela segunda vez. Então, me ajoelhei no chão pedindo para que Deus me ajudasse. Como para Deus tudo é possível, minha filha nasceu como se fosse um milagre.
Hoje sou até avó, mas meus filhos não deixam eu segurar os netos porque têm medo de me dar uma crise e derrubar os filhos deles no chão.
Tenho consulta com os estudantes da PUCC, meus estudantes. Eles são tudo para mim. As enfermeiras do postinho Ipaussurama são tudo para mim. Não gosto do postinho Perseu, sempre me tratei no Ipaussurama.
Agora sou diagnosticada com esquizofrenia. Estou fazendo um livro sobre a minha história. Meu maior desejo é ele ser publicado, mas ninguém quer me ajudar a editar."

Alunas: Gabriela, Heloise, Julia e Lara

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Garçom - Histórias Importam



"Minha história começa na Bahia, morei lá quando pequeno e minha infância foi muito boa. Porém, por problemas financeiros, acabei tendo que mudar de lá e vir para Hortolândia em busca de melhores condições de vida. Aos meus 14 anos já era garçom de baladas e casas noturnas. A vida não foi muito fácil para mim, não gostava do que fazia, mas não tinha outra escolha. A única coisa que me importava era a saúde e bem-estar da minha família. Tempo a tempo fui pegando gosto pela profissão a qual gostei muito e é a minha até hoje. Me identifico com esse trabalho.
Aos meus 15 anos meu pai faleceu e foi uma fase muito difícil para mim, acabei me afastando de tudo, pois ele era meu melhor amigo e minha base. Mas acabei tendo que superar e seguir em frente, pois a vida não para! E se tem algo que meu pai me ensinou é lutar sempre pelo que sonho! E como nasci bem pobre não tinha fácil acesso a muitas coisas. Tive que lutar muito para conquistar o que tenho hoje, e agradeço todos os dias por isso. Por ter um longo tempo de vivência em boates, acabei presenciando muitas pessoas no mundo da droga, mas graças a Deus nunca me envolvi com isso. Depois de muito tempo na profissão, e tendo acesso muito fácil desde pequeno ao álcool, acabei entrando de cabeça nesse mundo e foi muito difícil de sair. Passei por muitas dificuldades.
Durante esse meio tempo estava noivo e ela acabou engravidando. Um mês antes do meu filho nascer, sofri um acidente bêbado na madrugada, aquilo para mim foi o ponto final, não era o tipo de pai, e o tipo de exemplo que queria passar para o meu filho. Desde então não coloquei mais uma gota de álcool na boca e continuo assim até hoje, me orgulho muito disso.
Acabei tendo outro filho, além de me casar. Porém, nos separamos por problemas pessoais e ela me abandonou com meus filhos para criar. Fui pai, mãe, e tudo que eles precisassem. Troquei muitas noites com os amigos, para passar com meus filhos, cuidando e amando eles, enquanto minha esposa sempre se manteve distante. Criei os dois com todo o amor e dedicação que alguém poderia ter, faria isso quantas vezes fosse preciso. Isso impressionava algumas pessoas. Às vezes a situação se inverte não é mesmo? O pai que fica com as crianças!
Hoje em dia os dois já são grandes e continuamos os melhores amigos desse mundo. Continuo trabalhando como garçom, e não pretendo parar! Amo minha profissão e estou muito feliz com minha vida atual."

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