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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um Encontro importante - 5a parte

Nada é por acaso

2 anos antes...
Um encontro importante!

            O céu azul com nuvens brancas e um sol espetacular no mês de fevereiro, Juliana tinha acabado de chegar em casa. Colocou sua bolsa no móvel de costume, ligou o computador e foi beber um pouco de água, não tinha ninguém em casa e ela ficou feliz por isso, assim poderia ler sem ser perturbada, procurou algo na geladeira, encontrou um yogurte, pegou. Tomou. Depois abriu as portas do armário e encontrou um pacote de bolacha, agarrou-o foi para frente do computador. Enquanto comia deu alguns cliques e abaixou os e-mails, não tinha nada de interessante. Então foi direto para o facebook, algumas atualizações, umas curtidas e nada demais.
            - Minha mãe precisa me dar um telefone com 3G, todo mundo vê as atualizações  na hora, só eu preciso esperar para chegar em casa.
            Afastou o teclado e pegou o seu livro e um caderno, onde fazia as anotações e também registrava alguns acontecimentos diários e escrevia alguns estudos nele, era um devocional-diário. Lá ela escrevia como foi o seu dia e também alguns estudos bíblicos.

Naquele dia ela leu em seu livro:
“Depois disso, Jesus e os seus discípulos foram para a região da Judéia. Ele ficou algum tempo com eles ali e batizava as pessoas. João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque lá havia muita água. (João ainda não tinha sido preso.) Alguns discípulos de João tiveram uma discussão com um judeu sobre a cerimônia de purificação.  Eles foram dizer a João: —Mestre, aquele homem que estava com o senhor no outro lado do rio Jordão está batizando as pessoas. O senhor falou sobre ele, lembra? E todos estão indo atrás dele.  João respondeu: —Ninguém pode ter alguma coisa se ela não for dada por Deus.  Vocês são testemunhas de que eu disse: “Eu não sou o Messias, mas fui enviado adiante dele.”  Num casamento, o noivo é aquele a quem a noiva pertence. O amigo do noivo está ali, e o escuta, e se alegra quando ouve a voz dele. Assim também o que está acontecendo com Jesus me faz ficar completamente alegre. Ele tem de ficar cada vez mais importante, e eu, menos importante. Aquele que vem de cima é o mais importante de todos, e quem vem da terra é da terra e fala das coisas terrenas. Quem vem do céu é o mais importante de todos. Ele fala daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita a sua mensagem. Quem aceita a sua mensagem dá prova de que o que Deus diz é verdade.”
            Ela parou, olhou para a tela do computador, depois voltou a ler novamente. “Ele tem de ficar cada vez mais importante, e eu, menos importante”. - Por quê? Ela perguntou para si mesma. Esse trecho ficou martelando em sua cabeça. Tinha algo que ela precisava saber, ou algo que essa frase queria falar com ela.
            Juliana Pereira Lima conheceu um grupo de amigos, no ano passado, na escola onde estuda e esse grupo costumava se reunir nos intervalos para estudarem a bíblia, ela achou engraçado vários jovens estarem juntos para estudar um livro e ainda mais a bíblia. Mas resolveu conferir esse feito extraordinário que eles chamavam de Devocional. Juliana gostou do grupo, dos estudos e acabou ficando por lá e se interessando pelas atividades dessa turma. E por isso ela lia a bíblia quase todos os dias. Depois de um tempo que ela começou a participar das atividades desse grupo de amigos, ela começou a frequentar uma igreja e muitas coisas mudaram na vida dela. Começou a perceber as pessoas e o mundo de uma forma diferente. Na opinião da própria Juliana, ela se tornou uma pessoa melhor.

            Juliana estava pensando, por que Ele tem que ficar cada vez mais importante, e ela, menos importante? Qual o objetivo disso? Resolveu enviar um e-mail para a Pâmela, todas as dúvidas de Juliana eram respondidas pela Pâmela.

Oi Pâmela, tudo bem amiga?

Eu estava lendo um trecho da bíblia no evangelho de João e li algo  que me deixou com duas dúvidas. Você poderia me ajudar?
“Ele tem de ficar cada vez mais importante, e eu, menos importante”. João 3:30
Por que Jesus tem que ser mais importante, e eu, menos importante?
Qual o objetivo disso?
Por que a bíblia pede pra gente ser menos importante?
Não entendi!
Acho que foram três dúvidas... rsrsr

Um abraço,

Ju.

            Terminou de enviar o e-mail quando ouviu a porta do apartamento abrindo, ela fechou a bíblia, guardou seu caderno e mexeu na sua bolsa para procurar o caderno de física e começar a estudar para a prova.

- Oi Ju!

- Oi mãe.

- Você almoçou?

- Comi alguma coisa aí.

- Comer alguma coisa não é almoçar Juliana.

- Estou sem fome e tenho que estudar para a prova de física.

            Juliana pegou seu livro de física, abriu-o, folheou o caderno e parou na página dos exercícios e começou a olhá-los. Sua mãe parou na porta do quarto e percebeu que Juliana estava distante, com os olhos fixos no horizonte, ficou ali durante um tempo e até pensou em perguntar como a filha estava e sobre as mudanças que estavam acontecendo, mas preferiu deixar a filha estudando.
            Ela foi despertada de seu ‘transe’ quando ouviu as panelas batendo na cozinha, sua mãe estava cozinhando, nesse momento ela voltou a olhar para os exercícios e falou consigo mesma. - Não consigo aprender isso, não entra na minha cabeça.

- Você falou alguma coisa Juliana. Perguntou a mãe, gritando da cozinha.

- Nada não mãe.

            Resolveu abrir os e-mails para ver se a Pâmela havia respondido. Um e-mail estava chegando, até sentiu-se animada, queria entender o que aquela frase queria dizer. Era um e-mail sobre uma promoção do Submarino. Ela olhou, suas sobrancelhas se levantaram, entortou a boca para o lado esquerdo se decepcionando. Resolveu dar mais uma olhada no facebook, acabou ficando por lá mais do que o normal e então se lembrou da prova e voltou para o caderno de física e a apostila.
            Lá fora o dia estava radiante, uma brisa tocava a copa das árvores, o sol parecia cantar de alegria. Ouvia-se de longe barulho de carros, motos e, algo chamava a Juliana para estar à janela e contemplar tudo o que estava ao seu alcance.
            Ela se levantou, foi em direção ao corredor da casa. Queria falar com sua mãe sobre tudo o que tinha vivido e estava vivendo nesses últimos 6 meses. Foram tantas mudanças, transformações. Ela estava no meio de um turbilhão de acontecimentos e idéias que fervilhavam em sua cabeça. Uma nova forma de ver o mundo, de ver as pessoas, parecia que antes ela olhava e agora ela via, via o que realmente estava acontecendo. Mas Juliana parou na porta do quarto, olhou ao longo do corredor, ouviu o tilintar das panelas. Abaixou a cabeça. Orou. – Deus, me ajuda!
            Não conseguiu prosseguir e voltou para os seus cadernos e apostilas e física. Prova!

- Outro dia eu falo com ela. Pensou.

            Juliana acordou sonolenta, esfregou os olhos, parou por um instante e se lembrou que era terça-feira e tinha prova de física, se levantou foi ao banheiro lavou o rosto. Escovou os dentes. Tomou banho. Sua mãe já estava de pé esperando para tomar café da manhã. Sentou a mesa falou bom dia para a mãe, perguntou do pai, ela disse que ele já tinha saído, pois precisava fazer uma viagem.
            O irmão dela estava ao lado, mas como sempre fazia, fingiu que não o viu, mas era quase impossível não notar sua presença, pois já estava colocando farelo de pão dentro do café dela, ela esbravejava, toda vez que o irmão de alguma forma a irritava.

- Sai pra lá moleque, você não tem jeito! Empurrando o irmão para o seu lugar. Ele se sentou dando risada e tomando seu café.

- Parem de brigar, tomem esse café logo, pois precisamos ir. A Mãe sempre intervinha tentando acalmar a situação, claro que da maneira dela, gritando também.
            O Café acabou, todos para o carro, a mãe de Juliana sempre atrasada, era uma correria e gritaria todas as manhãs. Juliana já estava ficando cansada, queria que isso mudasse, só não sabia como. O primeiro a ficar na escola era o irmão, Bruno, depois a Juliana. Sempre dava um beijo na mãe de despedida.

            Juliana já estava sentada em sua carteira, preocupada com a prova e esperando a chegada do professor, ela estava distraída, quando uma menina que chega tímida, sem graça, tropeça e derruba todo o material sobre ela.

Esse foi um encontro importante!

- Esta tudo bem? Perguntou Juliana preocupada.
- Estou. Meio sem jeito ela responde.

            Ela pegou seus livros e cadernos e foi para uma carteira que estava vazia na mesma fileira que Juliana. Alguns alunos que estavam próximos ficaram curiosos em saber quem era a nova aluna e perguntaram o seu nome.

- Maria

            Outros só olharam: uns com desprezo, porque acharam a menina muito patricinha; outros com indiferença, do tipo tanto faz quanto fez quem ela é, tenho mais o que fazer; alguns meninos a acharam super gatinha; e um dos meninos a olhou de um jeito especial, mas nem deu bandeira. Depois que Maria conseguiu se organizar na carteira, Juliana foi até a nova colega de classe e fez uma bateria de perguntas:
            - Da onde você veio? Onde você mora? O que gosta de fazer? Você gosta de biologia? Onde você comprou esse brinco? E várias outras perguntas. Nem preciso falar que Maria gostou de Juliana e foi sua primeira amiga no colégio.

            Depois da aula, Juliana parou um instante no portão do colégio observando todo o caos que se instalava na saída: os pais chegando, Ulisses chamando os alunos pelo nome no microfone, professores que saem conversando sorrindo, outros com pressa esbarrando nas pessoas sem cumprimentar ninguém. Alunos entrando, alunos em rodinhas conversando, rindo alto. Carros indo e vindo, parando, saindo. Olhou para o céu e viu um azul encantador, cheio de vida, não havia nuvens no céu, conseguiu até voar e olhar tudo lá de cima. Como seria?

            - Juliana! Daniel a chama, percebendo que ela não estava com os  pés em terra. Ela  olhou ao redor e viu toda bagunça chegou a fechar os olhos.

            - Ju! Chama novamente o Daniel e agora ficou até preocupado.

            - Oi Dani. Respondeu irritada.
            - Ta viajando hein!
             - Um pouco. O que foi? Ela responde dando um sorriso.

            - Então. Apresenta-me sua nova amiga. Falou com um pequeno sorriso no rosto, desviando o olhar por cima do ombro de Juliana e encontrando Maria.

            Maria tinha pela branca, os olhos verdes e cabelos negros, ao contrário de todas as meninas seu cabelo tinha lindos cachos, naturais. Ela media 1,60 seu rosto era delicado, mas o olhar era forte e determinado, quando falava suas mãos acompanhavam, tinha uma linguagem corporal que expressava rapidamente seus sentimentos, suas angústias e desejos. Maria não sabia desses atributos e muitas vezes se acuava diante de pessoas autoritárias. Ela nem percebeu que Daniel olhava para ela e acompanhava cada movimento.

            - Vamos lá Dani. Vou apresentá-la a você. Juliana o puxou pelo braço.
             - Ola meninas! Maria, esse é meu amigo Daniel. Ele está na nossa sala.

            - Oi. Trocaram um beijinho no rosto e ficaram um olhando para o outro, como quem pergunta, E aí?

            - Bom, turma. Preciso ir, minha perua acabou de chegar. Tchau Maria. Tchau Dani. Olhando para ele e dando uma risadinha, puxando só um lado dos lábios e levantando as sobrancelhas. Tchau meninas.
            Todos falaram tchau e Daniel teve vontade de correr atrás da Juliana e falar pra ela que não deveria ter feito aquilo, olhou para as meninas deu um sorriso sem graça.
            - To indo também. Olhou para elas, para Maria, e foi embora.
            - Tchau Dani. Maria foi a única que respondeu e ficou olhando pra ele enquanto se afastava tropeçando em todo mundo.

            Daniel chegou a uma roda de amigos, entrou na brincadeira dos colegas e conseguiu disfarçar. Era o que ele pensava!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Com a mãe - 4a parte

“Os planos foram sempre os mesmos, nós não percebemos”

Com a mãe

- Mirian, telefone da escola pra você.

- Ok. Pode passar. Miriam recebe a ligação sem se preocupar, pois sua filha, a Maria é uma excelente aluna.

- Senhora Miriam, aqui é a coordenadora Laura, tudo bem? A coordenadora Laura Bertassoli sempre foi muito preocupada com os alunos e tinha um relacionamento com os pais que era exemplar. Era atenciosa, firme e sabia ouvir as queixas ou simplesmente os desabafos das famílias.

- Estou sim, e o vazamento? Respondeu Miriam Valverde sem se preocupar com a ligação.

- Vazamento? Laura não entendeu muito bem a pergunta.

- É, o vazamento na frente do colégio, tive que emitir uma ordem para irem alguns técnicos para ver o que estava acontecendo.

- Sim, o vazamento, é para falar sobre ele que te liguei, bem não exatamente, é sua filha, ela caiu no buraco que o vazamento fez na frente da escola e agora foi levada para o hospital, parece que quebrou o pé. A coordenadora tenta falar de forma calma para não deixar Miriam muito preocupada.

- Nossa! Qual hospital que a levaram?

- Para o Samaritano.

- Obrigada. Desligou o telefone olhou por volta, ligou para seu chefe e disse que precisava sair, pois sua filha estava no hospital.
            Miriam se levantou, pegou sua bolsa, mas esqueceu o celular em cima da mesa perto do computador. Saiu correndo, avisou a recepcionista que precisava ir embora e saiu para o estacionamento, mal conseguia se lembrar de onde deixou o carro, parou um instante, colocou a mão na cabeça, sentiu uma pontada fina  e preocupante de dor de cabeça, encontrou o carro e saiu andando o mais rápido que pode. Pela estrada vinha pensado, como estaria a Maria, quem estava com ela, e a viagem?






segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

"Técnico"; "Na escola" 3a parte

Não pergunte ‘por que’, pergunte ‘para quê’”.
Técnico

- Alô?
- Por favor, poderiam enviar um técnico para a Escola Estudar no Bairro Primavera, estamos com um vazamento na porta do Colégio.
- Ok, estou mandando.
- Precisamos enviar um técnico para a Escola Estudar. Ricardo desliga o telefone e olha para a tela do computador preocupado.
- Por quê? Pergunta Clara sem se virar para o lado, ocupada com o seu trabalho.
- O diretor acabou de ligar falando que tem um vazamento lá. E você viu esse e-mail que acabou de chegar?
- Faça uma chamada e pede para o Paulo ir até o local. Precisamos mandar alguém pra lá urgente! Aquele diretor fica “super bravo” quando os técnicos demoram pra chegar. E, que e-mail? Eu não vi nada. Vou entrar aqui no meu pra ver. Quem mandou?
- Miriam, mande alguns técnicos para o Bairro Primavera, na Rua Uruguaiana na altura do número 1250. Falou apressadamente e com um tom de urgência.
- Ixi, é a escola da minha filha. O que aconteceu? Ficando preocupada.
- Um vazamento. E parece ser sério!
- Esta bem, já estou emitindo uma ordem. Ela o faz apressadamente, ela conhece o dono do colégio e já começou a imaginar como ele deve estar preocupado com toda situação. Pensou – preciso ligar para Maria, hoje é a tão sonhada viagem dela. Ela deve estar ansiosa.

Na Escola

- Eles chegaram! Gritou Ulisses sorrindo, e pensou agora estaria tudo resolvido. Conseguiu até respirar mais aliviado.

- Já estava na hora! Falou o Sr. Mauro com ar de autoridade e muito preocupado, saindo de onde estava parado olhando o vazamento como se tivesse o poder de arrumar tudo àquilo com a força da mente e indo em direção até o técnico.

            Os técnicos já tinham cortado a água, abriram um buraco e toda a escola iria ficar sem água por pelos menos 24 horas, abriu-se um buraco bem maior que o esperado no portão e os alunos deveriam sair por outra portaria.
            Dois homens trabalhando, o grupo da escola olhava curioso, tentando entender o que tinha acontecido e averiguando o que os técnicos iriam fazer para arrumar aquele estrago. De repente ouve-se um grito de dor. Todos olharam desesperados. E viram que uma pessoa tinha caído no buraco que os técnicos haviam feito para arrumar o vazamento.
            Era Maria, ela nem percebeu que tinham várias pessoas trabalhando na portaria do colégio e que todos os alunos estavam saindo por outro lugar. Daniel tentou avisá-la, mas foi tarde demais.
            Alguns correram em direção a Maria, ela chorava muito, dois homens tentaram tirá-la do buraco, mas ela gritou tanto que eles desistiram e pediram para chamar a ambulância.
Maria sentiu uma dor lancinante percorrer o corpo quando tentaram tirá-la do buraco.

- Ela quebrou o pé. Disse Mauro tentando dar um laudo médico.

- Tenta mexer o seu pé? Pediu o João.

- Ai. Dói demais, não consigo. Choramingou Maria.

- Ixi, ela quebrou o pé. Pede pra chamar a ambulância. Ordena o Sr. Mauro coçando a cabeça.
- Já chamaram. Disse um dos técnicos.
Maria estava com aspecto pálido, parecia que iria desmaiar, então Daniel se aproximou – Está tudo bem? Ele olhou para ela com vontade de abraçá-la, beijá-la e até gostou, por ela ter caído naquele buraco. Sentiu-se um crápula, pensando assim. Ele segurou na mão dela com muito carinho. Ela abriu os olhos e falou com dificuldade e chorando.

- Estou sentindo uma dor terrível, não consigo mexer minha perna. Maria não conseguia retribuir o carinho de Daniel.

- Eu tentei te avisar, mas acho que só atrapalhei. Ele disse olhando em seus olhos, como quem tenta falar “Eu te amo, olha pra mim”. Mas ele não disse nada, seus olhos brilhavam, mas ele não tinha coragem de se declarar para ela.
Maria recobrou as forças e falou devagar.

- Tudo bem, minha mãe vive falando que eu preciso prestar mais atenção por onde ando. Obrigada! Nesse momento ela caiu em um choro desesperado, todos olharam para ela e perguntavam “o que foi?” “O que aconteceu?”, Daniel ficou desconsertado, não sabia o que falar, até pensou que ela não tinha gostado da maneira como ele olhara para ela, porém o choro dela não era nada sério, ou melhor, não era sério para os outros, ou para a sua saúde. Era sério para Maria, pois ela se lembrou da viagem... Daniel tentou abraçá-la, deixá-la mais calma, mas nada a acalmava, por tanto tempo havia sonhado com aquela viagem e agora, o que poderia ter acontecido com seu tornozelo que doía tanto, será que poderia atrapalhar tudo o que tinha planejado... Ouviu-se o sinal da sirene ficando cada vez mais forte.
            Algumas pessoas estavam por volta de Maria. Juliana tentou de todas as formas aproximar-se, era a melhor amiga, mas ninguém deixou. Só falavam que tinham que se afastar para deixá-la livre, mas na verdade tinha uma multidão de professores, funcionários por volta dela e Juliana não teve nem chance de falar que estava por perto, ela viu de longe colocarem Maria na maca e levarem para dentro da ambulância. Daniel foi até a ambulância com ela, lhe deu um beijo no rosto, e então se afastou e os paramédicos fecharam a porta. Maria foi embora. Depois que a ambulância saiu, Juliana conseguiu conversar com Daniel e perguntar o que tinha acontecido.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Como resolver? 2a parte

“Deus cuida de cada detalhe”

Como resolver?

            Um fio de água próximo ao portão deixou  o porteiro do colégio preocupado.
- Um vazamento! Murmurou. Ele coçou a cabeça, andou de um lado para o outro e chamou a inspetora pelo interfone. – Carla está na escuta?

- Sim, respondeu de um jeito autoritário e áspero. Carla Vivas morava sozinha e se dedicava ao trabalho com todas as forças, chegava a ser legalista nas decisões e nas ordens, não cedia. Isso era bom para o diretor, pois controlava os alunos com um olhar. Os outros funcionários tinham aprendido a conversar e se relacionar com ela.

- Poderia chamar o João, tem um vazamento na porta do colégio e está ficando cada vez maior. Espantou-se o porteiro, que em segundos, viu o fio de água se tornar uma pequena torrente - alguém precisa ver isso logo, pois os alunos vão sair daqui a pouco e está ficando feio.

- Vou chamá-lo. Falando com a mesma voz autoritária e áspera, sem dar muita atenção ao caso, tudo o que os outros faziam não era tão importante quanto o que ela fazia.

            Não demorou muito, o João Silva, o “faz tudo do colégio” já estava no portão, conversando com o diretor falando que teria que quebrar para ver o que estava acontecendo. O Senhor Mauro não estava feliz com a ideia e coçava a cabeça, pensando qual seria a melhor alternativa. Ulisses, o porteiro do colégio, pensava nas crianças, mas Mauro estava preocupado com o dinheiro que teria que pagar para consertar o vazamento no portão da escola.
            Já estavam quase resolvendo o problema, já que era sexta-feira, por hora deixaria um aviso “Cuidado, piso molhado” e quebrariam a calçada no sábado, quando a escola estivesse vazia, então se ouviu um estouro.

- O que foi isso?

- AH! Gritou os três homens em frente à escola.


            O Senhor Mauro estava todo molhado, não foi preciso quebrar o piso ele foi arrebentado com a força da água. João correu para ligar para um técnico e Ulisses mandou recado para todos os funcionários para que não deixassem os alunos saírem da sala de aula até a segunda ordem. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Na Escola

Na Escola

“Para todas as coisas Deus tem um propósito”

            Maria Valverde estava sentada na carteira da escola próxima a janela. Ela olhava as nuvens. O dia estava nublado, mas muito abafado. Em alguns minutos da manhã o sol até tentou aparecer tímido, como se fosse inverno, mas o verão de 35° era sentido na pele, na garganta e no olhar. Em alguns se podiam ver o suor escorrendo na lateral da face; em outros, o cansaço e a indisposição; mas havia uma minoria que estava animada com o calor, pois o clube era o destino certo para depois da aula.
            Para Maria as sensações eram outras, não estava preocupada com o calor. Naquele instante olhando pela janela parecia que os segundos estavam lentos, que o mundo tinha abaixado o som para que ela conseguisse ouvir seus pensamentos e imaginar o que deveria fazer.
            Havia chegado o grande dia, e o clima era indiferente, parecia que nada importava mais do que o planejado, o desejado, a sonhada viagem. Ela estava em um mundo particular: o ar mais denso, a respiração mais forte e o coração acelerado num ritmo maravilhoso.
            O toque do sinal da escola avisou que a hora havia passado.
            Ela arrumou seu material apressadamente, enquanto isso seus colegas se despediam, eram abraços apertados, beijos, palavras animadoras e algumas lágrimas. Ele conseguiu colocar tudo na mochila e então viu que a Juliana estava parada na sua frente, neste momento não conseguiu conter as lágrimas e mais uma vez chorou. – Nós vamos nos falar todos os dias, entendeu? Juliana disse isso chorando.
- Eu não vou me esquecer de você. Vou sentir muito a sua falta, mas eu vou voltar, não vou ficar lá pra sempre, são sós 6 meses.
Juliana ajudou a pegar o restante do material e foi com a amiga até a porta.
- Oi. Preciso me despedir de você.
- Oi, Dani. Maria falou sem graça, olhando nos olhos dele.
Não houve muitas palavras, ele deu um abraço forte e disse bem pertinho da orelha.
- Vou sentir a sua falta, mas ficarei te esperando.
- Obrigada por me dizer isso.
Ela se afastou e disse que precisava sair rápido, porque precisava se arrumar, pegar as malas em casa, e seu pai iria leva-la ao aeroporto e não suportava atraso.
Juliana já tinha saído assim que viu o Daniel chegar e foi para o pátio, pois não aguentava mais chorar. Maria saiu da sala, passou pelo corredor. A mochila pesava nas costas. Falou tchau para todos os colegas, e se despediu com beijinhos em alguns. O coração palpitando cada vez mais forte, em poucas horas estaria no vôo, tudo o que era sonho, o que estava no papel estava prestes a se tornar real, não conseguia acreditar. Ela mal conseguia conter a ansiedade desta viagem, ela não acreditava que em poucos minutos estaria voando para a Europa, para conhecer o lugar onde seus avós viveram e se conheceram. Seus pensamentos estavam a toda velocidade e enquanto descia a rampa que dá acesso ao portão principal da escola, ela abriu a bolsa para pegar o celular e ligar para o seu pai, de repente alguém grita seu nome.

- Maria!

            Ela olhou pra trás, com um sorriso estampado no rosto, imaginando que mais alguém queria se despedir dela e desejar boa viagem e não viu o buraco a sua frente. Caiu. A dor foi instantânea, não conseguia pensar em outra coisa a não ser em seu tornozelo, o material havia batido com força no chão, a mochila foi parar longe, tentou se proteger com as mãos, mas quando viu que não havia maneira de remediar a situação caiu no chão se lançando totalmente e pendendo a cabeça para o lado.

Caída no chão, ofegante, tentando entender o que aconteceu, fechou os olhos e quando os abriu tudo começou a rodar, num momento improvável de reflexão pode perceber o quanto era pequena diante da imensidão do universo e pensou, parecia que as nuvens estavam mais rápidas: daqui é tão lindo olhar o céu com nuvens brancas, as árvores que compõe o cenário de beleza e a harmonia alegre do cantar dos pássaros. Deus, ela gritou e sentiu mais forte a dor que subia pela perna.

CAPA



FILHOS DA LUZ

SE LIGA NESSA...
 





Conheça a Galera que encontrou um Amor sem Limites que transformou a vida deles!


Livro - Se liga nessa...

Olá pessoal, vou utilizar o espaço do blog Torre de Palavras para publicar um livro que comecei a escrever há 6 anos. Toda semana irei publicar partes do livro: Se liga nessa... E espero os comentários de vocês.

Postagem em destaque

Série - APRENDENDO A ESTUDAR - DICA #5

 Se liga nessa dicas divertida de estudos!