Colocaram um pano azul para eu não enxergar nada do que se passava na cirurgia. Estava eu lá esperando o momento de cortarem a minha barriga, como minha mãe sempre falou que ela havia sentido cortar a barriga, eu também estava esperando esse momento. Nada. Não senti nada. Logo apareceu o Gustavo (depois ele disse que quando entrou eu já estava com a barriga aberta) ele ficou do meu lado. Minha visão era: uma pano azul, o Gustavo do meu lado esquerdo. Espera. Espera. Espera. Logo a médica falou para o anestesista ajudar, ele se coloca sobre a minha cabeça e começa a empurrar minha barriga para baixo. Agora minha visão melhorou muito, uma roupa azul e um braço sobre mim. Foi super legal! E eu ainda achando que estava tudo bem. Logo chamam o Gustavo para verem o Tiago nascer, ele vai até a frente e...
O Tiago não nasceu, pediram para ele voltar. O Gustavo começou a fazer massagem em mim, derrepente ele começou a me apertar, ele estava tão nervoso e queria me acalmar, mas eu estava calma, que sem perceber já estava me machucando com a massagem dele. Risos. Então percebi que alguma coisa estava errada. Até que chamaram o Gustavo novamente e eu senti que minha barriga murchou. Ouvi como um bebe vomitando algo e sabia que era o Tiago, comecei a chorar. O Gustavo voltou a ficar ao meu lado, então ouvi um choro e sabia que era o choro do Tiago. Que coisa maravilhosa, que lindo. Meu filho. O Sentimento mãe estava começando a ficar forte, muito forte e era expressado por meio de lágrimas e um sorriso largo.
Trouxeram o Tiago para bem perto, eu vi a carinha dele, gorda, ainda suja, com um bico grande, eu beijei aquele rostinho pequeno, senti o seu cheiro, encostei o meu nariz na sua bochecha e fiz um carinho. Que sensação maravilhosa. Que bebe lindo. Então a enfermeira o levou falando que precisava ficar em um lugar quente. Nossa. Meu filho. O Tiago.
Agora eu tenho um filho, um ser pequeno, que necessita 24 horas do meu cuidado. Agora o Tiago estava perto, e precisa de mim.
Depois que o Tiago foi embora o Gustavo também precisou sair. Então começaram a me costurar, e eu esperando. Ficava olhando quanto estava a minha pressão. O meu nariz começou a coçar, os meus olhos também. Minhas mãos estavam amarradas, não tinha como coçar meu nariz. Só dava eu mexendo o nariz, como um coelho para amenizar a coceira. Término da costura, agora era a hora de tirar todos os aparelhos.
Ai, que gostoso. Me fez relembrar de quando a Gica nasceu. Foi bem parecido: lá no Madre; fomos jantar no noite anterior, pizza; quase não durmi; 6h da manhã estavamos acaminho do hospital; ela nasceu as 11h04 de um sabado. Eu morri de medo da anestesia e me surpreendi tambem pela "rapidez"; minhas mãos suaram com nunca. Depois fiquei esperando sentir alguma coisa na barriga, e escutava uns barulhos do tipo "mexendo em ferro, batendo coisas de metal. Dai levei um susto com aquele tubinho que fica na lateral da nossa cabeça, quando ela aspirou o liquido e perguntei: O que é isso? O médico disse: O líquido amniótico. o bebê já vai nascer! Sentia meu rosto tremer. A danadinha não chorou porque estava dormindo!!! quase me matou de susto.
ResponderExcluir