Uma nova vida invadiu meu coração
Domingo
Cinco horas da tarde e uma correria,
a família Lima não tinha o costume de sair no domingo à tarde, mas aquele dia
foi atípico, todos iriam à igreja. Juliana estava muito feliz, os pais
apreensivos, pois não sabiam o que poderiam encontrar por lá, e ainda teriam
que buscar a Maria na casa dela. A Bia não poderia ir, seus pais não deixaram.
- Vamos mãe, nós estamos atrasados,
não podemos chegar tarde é muito chato.
- Calma Juliana, eu estou terminando
de arrumar seu irmão.
Depois de toda correria, chegaram à
igreja, eles foram recebidos muito bem, algumas pessoas vieram conversar com
eles e em pouco tempo a família Lima estava mais a vontade na igreja.
Aquele dia o pastor ministrou sobre
a “Grande Comissão”
-
“Nós nos tornamos sacerdotes diante do Senhor, quando aceitamos Jesus, para
anunciar as boas novas. O objetivo de estarmos aqui é de transmitir a glória de
Deus às pessoas. O propósito de Deus é que sejamos luz no mundo e sal na terra.”
Juliana ouvia as palavras e estava
pensando, por que luz e sal? Por que tenho que transmitir a glória de Deus? Mas
outra coisa chamou sua atenção na ministração:
-
“Mateus 28:18-20 nos ensina que devemos ir pregar o evangelho por todo o mundo.
Temos que anunciar o evangelho na escola, no trabalho, no shopping, na
academia. Em todo o tempo, em todo lugar, em qualquer situação pregai o
evangelho”
Desde que conheceu a Jesus Cristo,
Juliana sempre teve o desejo de falar do amor de Jesus e de contar como havia
sido transformada para todas as pessoas que ela gostava, mas falar dessa
mudança e desse novo amigo para outras pessoas, em todo lugar ainda não tinha
passado pela cabeça dela.
Porém, não conseguia entender, como
ela poderia ser luz e sal no mundo. Preciso falar com a Pâmela. Pensou.
No final do culto os pais de Juliana
estavam emocionados, a Maria tinha feito algumas perguntas no decorrer da
palavra, mas muitas a Juliana não conseguia responder, prometeu que enviaria um
e-mail para ela explicando tudo.
Elas ficaram conversando, Maria
falou que foi muito bom ter ido à igreja com ela e disse que estava feliz.
- Ju, muito obrigada por ter me
convidado para assistir sua peça. Eu precisava de algo diferente pra mim.
- Eu fiquei muito feliz de te ver lá
e de você ter vindo hoje conosco a igreja. Essa é a primeira vez dos meus pais
também. Eu venho sozinha faz uns 7 meses.
- Como você começou a vir à igreja?
- Bom, é uma história legal, vou te contar. No ano
passado, estava muito triste, pois em casa só havia brigas, minha mãe vivia
falando que eu não conseguia fazer nada certo, eu e o meu irmão brigávamos o
tempo todo. Eu queria sair com os meus amigos e os meus pais não deixavam,
cheguei até a sair escondida uma noite, mas quando voltei meus pais estavam
desesperados me esperando. Fiquei de castigo um mês.
- Nossa. Interrompeu Maria
assustada.
- É, estava tudo chato, eu não
conversava muito com meus pais, quando tentava era só briga. Mas eu comecei a
conversar um dia com o Daniel...
- Daniel?! Os olhos da Maria
brilharam ao ouvir o nome dele.
Juliana sabia que ela estava
gostando dele e vice versa, sorriu e continuou a história.
- O Daniel é ... deixa pra lá... ele
é legal e me ajudou muito. Ele me convidou para participar do devocional que
acontece de quinta-feira no segundo intervalo na escola. Sabe qual eu estou
falando?
- Ah, eu sei. A Bruna tinha me
falado que é muito chato, que vocês ficam falando sobre o que pode fazer e o
que não pode.
- Não Maria, não é bem assim. O
devocional mudou a minha vida, quando o Daniel me convidou e falou que o
pessoal orava, e estudava a bíblia, eu também achei muito estranho, e quis
conferir para saber se era verdade. Até porque vindo do Daniel.
- Por que do Daniel?
- Ah Maria, acho que você já
percebeu, ele é a atração na escola, convencido, fica com todas as meninas, e
as meninas correm para os braços dele. E ele se acha o lindo. Juliana parou e
viu que a face de Maria não era das melhores. – Me desculpa Maria, já percebi
que gosta dele, mas o Daniel não é alguém pra gente gostar, só pra achar
bonito.
Maria sorriu. – pode continuar a sua
história, amiga.
- Bom, então eu fui com o Daniel
para o devocional e naquele dia falaram exatamente sobre os problemas pelos
quais eu estava passando com minha família e no final a professora que estava
falando perguntou se alguém na sala gostaria de aceitar Jesus como Senhor e
Salvador. A mesma oração que vocês fizeram ontem. Eu senti algo tão maravilhoso
e disse para o Daniel que queria conhecer mais.
- E foi assim que você começou a
freqüentar a igreja?
- Foi. O Daniel me convidou para ir à
igreja no domingo, eu conversei em casa e meus pais deixaram, então os pais do
Daniel foram me buscar. E eu amei esse lugar e não saí mais, tem uma pessoa que
eu quero que você conheça.
Juliana pegou Maria pelo braço e a
levou até a Pâmela.
- Oi Pam. Tudo bem?
- Oi Ju, eu estou bem e você.
- Tudo bem! Quero te apresentar
minha amiga Maria.
- Eu a conheci, ontem, Ju.
- É verdade, você orou com ela.
Maria e Pâmela se abraçaram, e logo
se despediram, pois Pâmela tinha que conversar com outras pessoas. Então, Maria
perguntou:
- Ju, se o Daniel te trouxe para
essa igreja, onde ele está?
- Hum... acho que ele não veio
hoje...
- Por quê?
- O Daniel é cheio de problemas, ele
é uma boa pessoa, mas vive se metendo em confusão, e os pais dele são rígidos.
Ah o pai dele é aquele homem que ministrou a palavra hoje.
- O pai dele é o pastor? Maria ficou
assustada em saber que o Daniel era filho de pastor.
- Isso mesmo! Juliana sorriu e
completou. – Mas ele não gosta muito desse título.
- Que título?
- De filho de pastor!
As duas deram risada e os pais da
Juliana as chamaram para irem embora. Deixaram Maria em casa e depois tomaram
um lanche. Quando chegaram em casa, Bruno foi para o quarto e os pais da
Juliana foram conversar um pouco com ela.
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