Um lugar que eu quero estar!
Apresentação
Às 11h30min a apresentação começou,
todo o grupo estava ansioso e com medo de errarem alguma coisa, tinha uma boa
platéia na praça, todos olhavam atentos a cada gesto, cada fala. Tudo era
simples e ao mesmo tempo impactante. Alguns pararam o carro para verem o que
estava acontecendo. Outros olhavam curiosos e logo iam embora, e algumas
pessoas que andavam pela praça pararam para ver a peça até o final.
Os pais da Juliana estavam
assistindo, Maria também, e, mais alguns colegas da sala. Em alguns momentos
eles choravam, em outros riam, mas eles estavam pensando, refletindo sobre o
dia-a-dia da vida deles, o que eles estavam fazendo com ela, e qual era o propósito
de tudo isso. Maria pensava na sua casa, o quanto ela ficava sozinha e não
tinha alguém para aconselhá-la ou ajudá-la em coisas pequenas do dia-a-dia.
Todos eles estavam procurando
resposta, uma identidade, um caminho para seguir, mas não queriam uma vida
qualquer, como todo mundo, eram adolescentes que desejavam ousar, mudar, mas
não sabiam como. E as falas do teatro estavam tocando o coração, pois
respondiam algumas perguntas que eles já tinham feito para si mesmos, mas não
ousavam comentar com ninguém.
O pai de Juliana estava encantado em
saber que a filha fazia parte de tudo aquilo e a olhava falando palavras tão
bonitas e fortes e começou a entender porque havia mudado tanto, estava mais
atenciosa com eles, já não discutia e nem se rebelava quando ouvia um não.
Já a mãe de Juliana não conseguia
entender porque a filha demorou tanto para convidá-la a estar com pessoas tão
maravilhosas e para ouvir palavras tão lindas e emocionantes. Ela queria
abraçar a filha e agradecê-la por tudo aquilo e dizer que estava muito
orgulhosa.
Seu irmão estava achando estranho,
em alguns momentos achava legal, pois ria das palhaçadas, mas em outros tinha
medo e teve momentos que pensou: “A Juliana esta falando tudo isso, mas vive
brigando comigo?”. Até que ele encontrou outro menino que tinha a sua idade e
foi brincar. Os pais nem perceberam a ausência dele.
E a Maria olhava tudo aquilo e
sentia algo especial e estranho, muita coisa ela não entendia, mas estava
gostando de tudo e muito emocionada, uma amiga da escola que também estava
assistindo a peça estava inquieta e as duas estavam chorando.
Ao final da peça uma pessoa do grupo
de teatro pegou o microfone e falou:
- Nós não somos atores, mas estamos representando isso para que vocês
vejam e ouçam a palavra de Deus e entendam como é importante, ou melhor,
essencial, termos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador. Fomos criados para
sermos eternos, porém o pecado nos separou de Deus e a morte começou a fazer
parte da humanidade. Deus trabalhou de todas as formas com várias pessoas ao
longo dos anos para restaurar o relacionamento do homem com Ele.
Mas
foi necessário enviar seu filho amado para viver no nosso meio e morrer no
nosso lugar, Jesus não tinha pecado, mas morreu por mim e por você e hoje nós
podemos ter livre acesso a presença de Deus.
Na
bíblia fala que se confessarmos com nossa boca que Jesus morreu para nos
salvar, que somos pecadores e nos arrependermos, teremos a vida eterna e uma
vida abundante aqui na terra.
Se
você foi tocado por essa peça é porque o Espírito Santo de Deus está agindo na
sua vida, então gostaria de saber quem quer aceitar Jesus como seu Senhor e
Salvador?
Uma pequena multidão de pessoas
levantou as mãos e estavam chorando tocadas pela peça e pelas palavras, algumas
pessoas da igreja que estavam ali propositalmente para esse momento iam até
elas para orarem, no meio da multidão estavam os pais da Juliana, quando ela os
viu saiu correndo até eles e chorando os abraçou e explicou o plano da salvação
e orou com eles.
Pâmela pode perceber que perto dos
pais da Juliana tinha duas meninas chorando e olhavam para eles como quem pedia
para ser ouvida, ela foi até elas perguntou o nome e soube que eram amigas da
escola onde Juliana estudava.
Então ela perguntou se elas tinham
alguma dúvida, elas ficaram sem jeito, não sabiam o que perguntas e mais uma
vez a Pamela perguntou: vocês querem que eu ore por vocês? Elas balançaram a
cabeça dizendo que sim, e as lágrimas corriam pelo rosto. Enquanto Juliana
orava com os pais, Pâmela orava com as amiga dela. Realmente as pessoas estavam
emocionadas, muitas era só um sentimento, mas em outras havia despertado algo
que até então não sabiam que existia.
Quando alguém toma uma decisão importante
que será marcada por toda a vida e pela eternidade é inexplicável, mas decidir
servir a Jesus e declará-lo como Senhor e Salvador é vital, é como pensar em
alguém que estava em coma por algum tempo e volta a falar e andar, e agir por
si próprio. É vida!
Logo depois, Juliana pôde abraçar a Maria
e a Bia, elas estavam felizes, mas ao mesmo tempo com várias dúvidas sobre a
peça e até de algumas palavras que foram declaradas, principalmente pela
própria Juliana. Ela, então, apresentou as amigas da escola para os pais que as
convidaram para almoçar juntos. Juliana pediu para se retirar, pois queria se
despedir dos amigos que tinham trabalhado com ela na peça.
- Oi, Pâmela. Elas se abraçaram,
Juliana estava chorando. Você viu que lindo, meus pais vieram assistir a peça e
tomaram uma decisão muito importante. Eu não estou conseguindo me conter de
tanta emoção.
- Glória a Deus, Ju! Também fiquei
muito feliz, e suas amigas também se decidiram em servir a Jesus.
- Sério!? Nossa, quanta alegria.
Valeu a pena toda oração, jejum, nossos ensaios. Estou muito feliz! Não esperava
por tudo isso.
Pâmela sorriu e abraçando a Juliana
novamente disse:
- Agora, Ju, você precisa convidar
seus pais e as suas amigas para estudarem a bíblia, vir à igreja, pois é um
tempo novo na vida deles. Eles precisam de ajuda, estar próximos de outras
pessoas que também decidiram buscar a presença do Pai por meio de Jesus. Senão
as coisas começam a esfriar e tudo o que sentiram, viveram e decidiram hoje vai
se perdendo e indo embora com o tempo.
Juliana olhou para ela assustada,
não queria que o que havia acontecido se perdesse e se afastando um pouco,
disse: – Eu vou fazer isso! Mas preciso da sua ajuda.
- Pode contar comigo!
Elas se despediram e Juliana foi
almoçar com os pais e suas amigas. Mas antes tiveram que procurar o Bruno, não
o encontrava em nenhum lugar. Ele estava brincando com um amigo, correndo pela
praça. Depois de ouvir uma pequena bronca da mãe, do pai, da Ju, ele entrou no
carro emburrado, até porque teve que sentar no colo da Juliana, pois as amigas
dela iriam almoçar junto com eles.
Durante o almoço, muita conversa, perguntas,
novidades. Os pais da Juliana gostaram muito das amigas dela, e as meninas
amaram os pais dela. Bruno ainda estava emburrado, comendo bem devagar, mas
eles conversavam tanto que não pegaram no pé dele durante o almoço.
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