Não tive tempo para receber as respostas que pr ecisava; logo vieram os enjôos e minha mãe logo percebeu e eu teria que falar a verdade. Contei a ela que havia ido ao posto de saúde fazer exame de urina e aguardava o resultado que sairia dali a uma semana. Ela achou melhor nem esperar, marcou uma consulta com uma ginecologista para logo termos a certeza de que se tratava mesmo de gravidez. Ainda lembro-me da 1ª consulta, o consultório ficava pr óximo a Av. Orosimbo Maia e teríamos que tomar um ônibus que passava pr óximo, indo do bairro onde morava até lá. Desastre! Passei mal o trajeto todo e logo quando estava perto de onde deveríamos descer, chamei o “Juca” (rsrsrrss). Cheguei ao consultório cheirando vômito, que vergonha!
Aguardamos um pouco na sala de espera, onde a enfermeira me pesou, mediu minha pr essão arterial e anotou tudo. Logo, a médica chamou e muito atenciosa, me fez algumas perguntas e me examinou. Resultado: 06 semanas de gravidez, sem dúvidas.
Sai do consultório com meu cartão de pr é-natal e pr eparada para a pr óxima consulta. O pior seria ter que enfrentar meu pai quando chegasse em casa, ele já não gostava muito do fato de ter começado a namorar cedo demais e isso só pioraria as coisas, mas não tinha como evitar, teríamos que dar a notícia a ele. Minha mãe, sempr e tão amável, se encarregou disso. Desde esse dia até o nascimento do bebê, ele não falou uma palavra se quer comigo; só depois de muito tempo, pude compr eender sua atitude, de como eu o havia decepcionado e de como os pais sempr e sabem das coisas, de como eles tem uma sabedoria para enxergar o futuro de uma situação...
Nesta época, eu cursava a 8ª série e por conta de tantos sentimentos misturados dentro de mim, eu quis desistir da escola. Nos pr imeiros quinze dias após a confirmação da gravidez, eu não sentia vontade de participar das aulas e então minha mãe foi até lá para explicar a situação... Lembro-me de alguns amigos de classe e uma querida pr ofessora (Ângela) que fizeram toda a diferença em minha vida, que não me deixaram desistir dos estudos. Até hoje me lembro do dia em que foram em casa para me animar e me fazerem voltar às aulas! Depois que o bebê nasceu, estes mesmos amigos levavam as matérias e trabalhos para eu fazer em casa, pois o ano letivo estava terminando e eu perderia o ano todo por conta de não poder ir às aulas. Eu digo que eles me mimaram muito! (rsrsrs)
continua, continua, continuaaa!! hahahah
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