Em setembro de 2002 eu comecei a trabalhar em uma assessoria
de imprensa. Estava me achando. Produzir textos, entrevistas, leituras, uau, eu
estava amando. Trabalhava meio período e por isso tinha tempo para fazer outras
coisas, ganhava pouco, mas não me importava muito com o $$. Em janeiro de 2003
recebi uma ligação inusitada. A coordenadora de um colégio particular em Campinas
me ligou para saber se eu não queria dar aula de ética cristã para os alunos da
educação infantil e ensino fundamental I. Disse que havia gostado do período
que tinha trabalhado como contadora de história e aula era uma aula extra e
tinha duração de 30 minutos. Pensei. Conversei com a minha mãe que me
incentivou a aceitar. Estava trabalhando meio período e poderia conciliar os
dois empregos. Aceitei a proposta!
Começa aqui uma aventura RADICAL no que chamo de minha vida
de professora. A Educação tem algo que nos encanta, nos conquista, nos
decepciona, faz a gente se auto avaliar, no leva a auto reflexão e a estudar
muito.
Conversei com a coordenadora, ou melhor, coordenadoras, que
me ajudaram a fazer planejamento, plano de aula, dinâmicas, escolher histórias,
me ajudaram a sonhar e levar as crianças a sonharem também.
Quando entrei na sala de aula pela primeira vez, foi uma
quarta série, hoje conhecida como 5º. Ano. Apresentei-me. Pedi para que eles se
apresentassem, falei da disciplina. Contei uma história que eu a achei
maravilhosa, fizemos uma atividade e havia passado 15 minutos, entrei em
pânico. O que eu iria fazer com os outros 15 minutos, o que se faz em uma sala
de aula, olhava no relógio de um em um minuto e o tempo não passava. O que é o
tempo senão uma construção da nossa percepção e da ansiedade ou não na qual
estamos. Ele voa ou para depende das nossas emoções.
Consegui escapar da primeira aula e ainda tinha mais 5 ou 6,
já nem lembro mais...
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