Quando escrevo é como se estivesse cantando, tocando, quando começo a procurar palavras para decifrar cada ato, acontecimento, sentimento, imagino um vento suave trazendo as palavras uma a uma, e aos poucos compondo uma música. Uma música que precisa de algumas concordâncias nominais e verbais, alguns arranjos, uma melodia perfeita. Que quando alguém ler entenderá o que o coração quis falar. A virgula colocada na hora certa no lugar certo, o ponto para dizer este pensamento esta concluído, mas no próximo parágrafo te chamo a pensar sobre este. Um porquê, e outros para as explicações.
Preciso te falar, falar para ninguém, mas preciso decifrar meu coração e só escrevendo é que consigo solucionar este enigma. Preciso escrever, falar, conversar, perguntar e dizer o que ouvi, relatar o que vi. Preciso de uma vida de palavras e descobertas. Preciso de uma vida de perguntas e respostas...
Neste mar de letras que preciso formar palavras, frases, parágrafos; estou mergulhada. Em alguns instantes parece que não vou conseguir sair, em outros, logo vejo uma palavra se formando como uma vida nascendo, e vou descobrindo um texto, um livro e que preciso escreve-lo para que todos o descubram também.
Quero mergulhar neste mar e compor minha música para que todos a toquem, num som rítmico da leitura.
2007
2007
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